“Nossos agricultores não
querem morrer e nossos pratos não são latas de lixo”, disse o parlamentar
durante sessão, na noite de ontem, que rejeitou o acordo entre Mercosul e União
Europeia (UE).
Nesta manhã, Lula falou
sobre o comentário durante evento em Brasília: “eu quero que o agronegócio
continue crescendo e causando raiva num deputado francês, que achincalhou os
produtos brasileiros, porque nós vamos fazer o acordo do Mercosul.”
A França é um dos principais
opositores do acordo entre os blocos econômicos. Apesar disso, Lula afirmou que
“se os franceses não quiserem o acordo, eles não apitam nada”.
“Quem apita é a Comissão
Europeia. A Ursula von der Leyen [presidente da comissão] tem procuração para
fazer o acordo e eu pretendo fazer o acordo este ano ainda. Nós vamos fazer
porque estou há 22 anos nisso e vamos fazer”, acrescentou Lula.
As declarações de Lula
ocorrem em meio ao imbróglio entre a rede francesa Carrefour e o setor
produtivo brasileiro.
Na semana passada, o CEO do
Carrefour, Alexandre Bompard, disse que a rede deixaria de comercializar
carnes oriundas do Mercosul. A fala gerou um boicote por parte do setor
produtivo brasileiro contra a companhia francesa.
Na manhã de terça-feira (26), Bopard enviou uma carta de desculpa ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na qual citou a “qualidade e respeito às normas” da carne brasileira e alegou “confusão”.
Hoje, só pra ter uma noção,
a França compra 0,5% da carne bovina brasileira. De janeiro a outubro
deste ano, em volume, foram para o mercado francês 380,5 mil toneladas, ante um
total registrado para o bloco europeu de 260,7 milhões de toneladas.
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