Originalmente, a proibição
do pagamento às betas (empresas de apostas eletrônicas) com cartão de crédito
só valeria a partir de 2025, com a entrada em vigor do novo modelo de regulação
de apostas eletrônicas elaborado pelo Ministério da Fazenda. No entanto, o
crescente endividamento dos apostadores fez o setor privado antecipar a
decisão.
“A decisão da Abecs
baseia-se na crescente preocupação do setor de cartões em torno da prevenção ao
superendividamento da população e do crescimento das apostas online no país,
que, entre outras consequências, pode gerar impactos significativos no
endividamento e no consumo relacionado ao varejo e ao setor de serviços”,
destacou a associação em nota.
A Abecs ressaltou que o uso
de cartão de crédito no segmento de bets é inexpressivo. A entidade ressaltou
que a maior parte das apostas online é paga via Pix.
“É importante debater o veto
ao uso de outras linhas de financiamento para fins de apostas. Como se sabe, o
Pix é hoje o maior responsável pelos lances realizados em jogos online, tendo
se mostrado um meio de acesso a linhas de crédito, como o cheque especial, e,
por consequência, um importante vetor de endividamento”, acrescentou a Abecs.
Os números, no entanto,
variam. A Abecs estima em menos de 1% o volume de apostas eletrônicas pagas em
cartões. Em entrevista recente à Agência Brasil, o secretário de Prêmios e
Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, calculou a proporção em 5%.
No último dia 26, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, estimou a participação dos cartões em 10% a 15% das apostas.
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