É a primeira vez em 16 anos
que houve queda nos aportes feitos na rede pública de saúde do estado. O valor
reduzido é quase o dobro do que foi gasto, por exemplo, com a construção da
Arena de Pernambuco, que custou mais de R$ 740 milhões na época das obras.
Em 2022, último ano do
ex-governador Paulo Câmara, então no PSB, os investimentos com a saúde somaram
R$ 7,75 bilhões. Na onda de cortes para fazer manchetes em jornais, a
governadora Raquel Lyra (PSDB) investiu R$ 6,54 bilhões. Com a redução dos
valores, o percentual de participação dos gastos com assistência hospitalar e
ambulatorial em relação ao total de investimentos feitos pelo estado, também
diminuiu no último ano, voltando ao patamar de 2014.
Além disso, segundo dados do
Tribunal de Contas do Estado (TCE), os principais hospitais públicos de
Pernambuco, como os da Restauração, Getúlio Vargas e Barão Lucena, sofreram
cortes de financiamento. Por lei, os recursos que foram cortados deveriam ter
sido aplicados em despesas com internações e tratamento ambulatorial, incluindo
exames de laboratório.
O problema chama a
atenção diante da superlotação das UTIs pediátricas e neonatais devido
ao aumento no número de casos de síndrome respiratória em crianças, o que
fez o estado decretar situação de emergência em abril.
Na quinta-feira (16), o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) divulgou uma nota expressando preocupação e cobrando medidas para lidar com a crise, que se repete desde o ano passado. "A rede estadual de saúde precisa se precaver com mais leitos de UTI pediátricos, uma melhor distribuição de medicamentos e recursos médicos suficientes para evitar futuras tragédias", afirmou a entidade no texto.
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