Barroso evitou citar nomes,
mas relembrou a participação das Forças na Comissão de Transparência das
Eleições, cujo objetivo é ampliar a transparência e segurança das eleições.
Porém, após o pleito, o Ministério da Defesa, que chefia os militares, divulgou
um relatório em que afirma não excluir “a possibilidade da existência de fraude
ou inconsistência nas urnas eletrônicas”. O mesmo documento informava também
que não foram encontradas fraudes.
“Foram manipulados e arremessados
na política por más lideranças. Fizeram um papelão no TSE (Tribunal Superior
Eleitoral), convidados para ajudar na segurança, para dar transparência, foram
induzidos por uma má liderança a ficarem levantando suspeitas falsas”, disse o
ministro.
O atual presidente do TSE,
Alexandre de Moraes, decidiu retirar as Forças Armadas da comissão de
fiscalização, uma vez que o desempenho dos militares em 2022 se provou
“incompatível” com o papel das Forças.
Para Barroso, o que chamou de “politização das Forças Armadas”, acabou se apresentando como uma das questões mais “dramáticas para a democracia”. “Porque, desde 1988, as Forças Armadas tiveram um comportamento exemplar no Brasil, de não ingerência, de não interferência, de cumprir as suas missões constitucionais, de ocupar espaços remotos da vida brasileira”, disse o magistrado, que analisou a atual conjuntura como “voltando ao normal”. Do Correio Braziliense.
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