São cumpridos 25 mandados de
prisão preventiva, seis de prisão temporária e 52 mandados de busca e apreensão
em três países: Brasil, Estados Unidos e Paraguai — onde está o
principal alvo da operação (veja foto mais abaixo), Diego Hernan Dirísio,
que ainda não foi encontrado.
Dirísio é considerado pela
PF o maior contrabandista de armas da América do Sul. Cinco envolvidos no
crime já foram presos no Brasil e 11 no Paraguai.
A Justiça da Bahia, que
conduz a operação, determinou que os alvos de prisão que estiverem no exterior
sejam incluídos na lista vermelha da Interpol e que, se forem presos, sejam
extraditados para o Brasil.
A investigação começou em
2020, quando pistolas e munições foram apreendidas no interior da Bahia. As
armas estavam com o número de série raspado, mas, por meio de perícia, a PF
conseguiu obter as informações e avançar na investigação.
Três anos mais tarde, a
cooperação internacional que resultou na operação desta terça indica que um
homem argentino, dono de uma empresa chamada IAS, com sede no Paraguai,
comprava pistolas, fuzis, rifles, metralhadoras e munições de fabricantes de
países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.
Após a compra, as armas eram
vendidas para facções brasileiras, em especial de São Paulo e do Rio de
Janeiro. O esquema envolvia também doleiros e empresas de fachada no Paraguai e
nos EUA.
As investigações indicam ainda que havia corrupção e tráfico de influência na Direccion de Material Belico (DIMABEL), órgão paraguaio responsável por controlar, fiscalizar e liberar o uso de armas, facilitando o funcionamento do esquema. Do G1
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