O presidente da
Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, ressalta a importância de reformas
estruturais para a sustentabilidade das contas públicas. “Estamos reafirmando a
necessidade de se estudar e se pressionar os líderes políticos para que deem
aos administradores públicos capacidade de entregar melhores serviços e,
portanto, termos um ambiente melhor de trabalho, que é importante para a
economia e é fundamental para a sociedade e um mundo mais justo”, destaca
Eduardo Eugenio.
Luiz Césio Caetano,
vice-presidente da Firjan, também reforça a importância de mudanças profundas.
“O IFGF promove debate de extrema relevância para o país, sobretudo neste
momento de agenda de reformas estruturais. Precisamos tratar esse assunto com
prioridade e, principalmente, com coragem para enfrentar questões que já estão
enraizadas e, assim, dar um novo perfil à situação das contas públicas”, diz
Luiz Césio.
Nesta edição do estudo foram
analisadas as contas de 5.240 municípios, com dados oficiais de 2022 – últimos
disponíveis. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) determina que até 30 de
abril de cada ano as prefeituras devem encaminhar suas declarações referentes
ao ano anterior à Secretaria do Tesouro Nacional (STN). De acordo com a Firjan,
até 11 de julho de 2023, quando as informações foram coletadas, os dados de 328
prefeituras não estavam disponíveis ou apresentavam inconsistências que
impediram análise.
Com pontuação que varia de
zero a um, o índice é composto pelos indicadores de “Autonomia”, “Gastos com
Pessoal”, “Liquidez” e “Investimentos”. Após a análise de cada um deles, a
situação dos municípios é considerada crítica (resultados inferiores a 0,4
ponto), de dificuldade (resultados entre 0,4 e 0,6 ponto), boa (resultados
entre 0,6 e 0,8 ponto) ou de excelência (resultados superiores a 0,8 ponto). A
média brasileira é de 0,6250 ponto. Entre as capitais, Salvador (BA) é a que
alcançou o melhor desempenho (0,9823 ponto).
A avaliação específica do
indicador de “Autonomia” revela que 1.570 cidades (30% do total) não são
capazes de sustentar a Câmara de Vereadores e a estrutura administrativa da
prefeitura. Para que pudessem arcar com essa despesa em 2022, foram gastos R$ 6
bilhões de transferências. O indicador de “Gastos com Pessoal” aponta ainda que
1.066 municípios brasileiros (20,3% do total) gastam mais de 54% de sua receita
com a folha de pagamento do funcionalismo público e ultrapassam, no mínimo, o
limite de alerta definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
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