Um dos casos pelos quais o
padre e os funcionários respondem é o da personal stylist Silvia Tavares, que
levou o caso a público em maio. Cinco pessoas foram à polícia denunciar abusos
que teriam sido praticados pelos homens.
Padre Airton está preso
desde julho e internado num hospital após ter um “princípio de AVC”. A defesa
dele nega as acusações.
A informação sobre o aceite
das denúncias pela Justiça foi publicada pelo Jornal do Commercio. O Ministério
Público confirmou ao g1 que o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) recebeu
as denúncias.
As pessoas denunciadas são
as seguintes:
Padre Airton Freire, de 67
anos: teria abusado e ordenado abusos contra vítimas (preso e internado em
hospital);
Landelino Rodrigues da Costa
Filho, de 34 anos: trabalhava com comunicação e era responsável pela filmagem e
gravação das missas e dos eventos (preso em Garanhuns);
Jailson Leonardo da Silva,
de 46 anos: motorista suspeito de estuprar a personal stylist Silvia Tavares,
que levou o caso a público (foragido);
Motorista indiciado por
falso testemunho: segundo a polícia, o nome não foi divulgado porque não há
mandado de prisão contra ele.
Defesa
Por meio de nota, a defesa
do Padre Airton informou que “existem provas técnicas e testemunhais, no âmbito
dos dois inquéritos concluídos, que atestam que o Padre Airton é inocente”.
Disse que essas provas ainda não podem ser relevadas porque as investigações
estão em segredo de Justiça.
Também informou que nem a
Polícia Civil nem o Ministério Público se pronunciaram sobre uma tentativa de
extorsão que teria sido praticada por uma das pessoas que denunciaram o padre.
Afirmou, por fim, que a
prisão preventiva do padre “fere a legislação brasileira e o direito
internacional” porque “o religioso, um homem doente de 67 anos, nunca tentou
impedir as investigações, não coagiu testemunhas, nunca representou ameaça de
cometimento de crimes e se apresentou espontaneamente à Justiça”.
A defesa de Jailson Leonardo
da Silva disse que ainda não teve acesso à denúncia.
A defesa de Landelino Rodrigues da Costa Filho disse que não tomou ciência nem teve acesso às informações contidas na denúncia. G1PE
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