sexta-feira, 30 de junho de 2023

PM que facilitou fuga de estelionatário é nomeado por Raquel para o Detran

                
Um policial militar que foi autuado em flagrante e chegou a ser punido pelo governo por suspeita de facilitar a fuga de um amigo na delegacia de Limoeiro, no Agreste do estado, é o novo comandante de um dos principais setores do Detran de Pernambuco. O cabo Adriano Francisco da Silva foi nomeado diretor de Operações, responsável pelo processo de expedição das carteiras de habilitação.

O PM trabalhou como motorista para o grupo do ex-prefeito de Jaboatão Anderson Ferreira (PL) que lidera toda a estrutura do departamento de trânsito na gestão de Raquel Lyra (PSDB), que tem um orçamento de cerca de R$ 1 bilhão por ano.

A nomeação do cabo Adriano Francisco da Silva foi publicada no Diário Oficial de Pernambuco no dia 10 de junho deste ano. Na quarta (28), ele assumiu o cargo no Detran. Também é ligado ao grupo Ferreira o diretor-presidente do órgão, Carlos Fernando Ferreira. Ele é ex-secretário de Habitação de Jaboatão e ex-superintendente da CBTU, que opera o metrô do Recife. O  diretor-geral André Trajano de Oliveira é outro nome ligado Anderson. Em Jaboatão ele foi secretário executivo de Turismo e Cultura.

A história da fuga na delegacia aconteceu em maio de 2019 e teve repercussão. Na época, Adriano era soldado e se envolveu no caso de Márcio Rodrigues de Oliveira. Os dois alegaram que eram a amigos de infância de acordo com a Polícia Civil, Márcio Rodrigues de Oliveira fingiu que era funcionário de uma agência bancária da cidade e transferiu R$ 2.500 da conta de um cliente para sua conta pessoal.

Quando Márcio foi preso estava com o policial militar Adriano. Os dois seguiram para a delegacia. Enquanto o Boletim de Ocorrência (BO) estava sendo confeccionado pelos policiais responsáveis pela prisão, Márcio pulou o muro da delegacia e fugiu.

A Polícia Civil informou, na época, que o PM Adriano “não impediu a ação e nem avisou aos colegas de trabalho sobre o que estava acontecendo, caracterizando o crime de favorecimento pessoal”. Também na época, a PM informou que Adriano pagou fiança e, por isso, responderia em liberdade.

Em 2021, o então secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua Cavalcanti, assinou a portaria que determinou uma punição para Adriano.

O então soldado foi considerado culpado por transgressões praticadas. Entre elas, estavam “deixar de providenciar a tempo na esfera de suas atribuições, por negligência ou Incúria, medidas contra qualquer irregularidades que venha a tomar conhecimento”, “promover escândalo ou nele envolver-se, comprometendo o prestigio da corporação” e “não ter, pelo preparo próprio, ou pelo de seus comandados. instruindo ou educandos, a dedicação imposta pelo sentimento do dever”.

A SDS acatou os pareceres da corregedoria e determinou que Adriano fosse punido de forma administrativa, mas negou a prisão  de 30 dias que tinha sido solicitada. Do Ricardo Antunes 

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