“Tudo começou quando uma das
formandas, que também faz parte da comissão, foi fazer o pagamento do boleto
deste mês. Assim que ela fez o pagamento, ela viu que a razão social tinha
mudado. Ela entrou em contato comigo e perguntou se eu estava sabendo de alguma
coisa… Daí eu tentei entrar em contato com a pessoa da Novaera que ficava
responsável pelo setor de finanças, o nome dela é Fabíola Duarte de Andrade…
ela nos informou que tinha mudado apenas a razão social porque o pagamento
agora estava sendo feito por outro credor”, expôs Sara andrade, 22, aluna do
curso de Direito do Centro Universitário Estácio do Recife e representante da
comissão dos formandos de 2024.2.
“Com o baile previsto para
2024.2 a minha turma pagou quase R$ 300 mil. A minha turma fechou contrato de
formatura com vários eventos para serem realizados. Na semana passada tivemos
uma reunião com o sócio, Ricardo Nunes de Barros, e ele nos garantiu que estava
tudo normal, mas sumiram sem explicação. Temos até um grupo com quase mil
alunos prejudicados”, informou Ruama Morais, 24, também formanda em Direito
pelo Centro Universitário Estácio do Recife e representante da comissão de
formatura.
A frustração tomou conta de
Vanessa Kelly, 22, estudante de Enfermagem da UNINASSAU que vai terminar sua
graduação esse ano. “Meu culto ecumênico seria nesta quarta-feira (22). Fechei
o pacote com eles no 2/3 período e vim todos esses anos pagando. Foram quase
cinco anos e não deram nem as fotos que tiramos, nem as placas. Tem quase R$ 4
mil investidos nisso. Até na segunda-feira (20) eu pensei que iria ter a festa.
Já estava tudo certo e preparado, meus parentes iriam vir de longe para
prestigiar o momento”, lamentou.
Na segunda-feira (13) os
estudantes se reuniram com o sócio Ricardo Nunes de Barros, e suspeitando de
que eles estavam gastando o dinheiro com outras festas, solicitaram um termo
aditivo para pausar o pagamento e inserir novas cláusulas no contrato. Ricardo
Barros chegou a assinar e informou que sua conta bancária havia sido bloqueada
na sexta-feira (10) por uma dívida de R$ 2 mil, mas que isso não influenciaria
no baile de formatura. “Como uma empresa que estava sem condições financeiras e
continuou fechando contratos, qual era o intuito que não fosse a má fé”,
indagou Sara Andrade.
Segundo o advogado que
representa a NovaEra, Rafael Nunes, a situação não se trata de um golpe ou
fraude contra o consumidor. “A pandemia castigou severamente o segmento e a
empresa Novaera vinha agonizando durante esses últimos três anos, sem vender e
realizando seus eventos e quando chegou no limite de não mais conseguir, os patrimônios
dos sócios foram desfeitos para poder honrar os outros compromissos. Foi quando
o nosso escritório foi procurado para poder judicializar, mostrar através dos
balanços patrimoniais, execuções fiscais, trabalhistas o cenário financeiro da
empresa”, comunicou.
A NovaEra expressou que
“todos os credores receberão os valores devidos” e que a ação de falência foi
distribuída. Os estudantes pretendem abrir um B.O nesta quarta-feira (22) na
Delegacia do Consumidor. “Não temos esperança de formatura pelo que já vimos da
situação. Agora queremos nosso dinheiro de volta”, expressou Ruama Morais.
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