Depois das denúncias, o servidor
foi ameaçado e perseguido por bolsonaristas. Ele e o irmão, o ex-deputado
federal Luis Miranda (União-DF), revelaram à CPI um esquema ilegal
para a contratação de doses da vacina indiana Covaxin. O imunizante estava
sendo negociado mesmo sem ter passado pela aprovação da Anvisa. Dias depois do
depoimento de Miranda à CPI, o Ministério da Saúde suspendeu o contrato da
vacina indiana.
Os dois irmãos ainda
afirmaram ter alertado Bolsonaro sobre as supostas ilegalidades. O encontro,
segundo os relatos, ocorreu no Palácio da Alvorada. Os dois também
afirmaram, na época, que, após receber documentos que comprovariam o esquema,
Bolsonaro teria citado o nome do deputado Ricardo Barros (PL-PR).
As denúncias dos irmãos
Miranda também municiaram investigações contra Bolsonaro, como o inquérito
aberto pelo Supremo Tribunal Federal para apurar se ele havia
cometido prevaricação.
Um inquérito para investigar
a participação de Bolsonaro no esquema foi aberto após uma notícia-crime
oferecida em julho de 2021 pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP),
Fabiano Contarato (PT-ES, à época na Rede) e Jorge Kajuru (Podemos-GO) a
partir das suspeitas tornadas públicas na CPI da Covid.
O relatório final apresentado pela PF em 2022, no entanto, isentou Bolsonaro de participação no esquema fraudulento. A ação foi arquivada a pedido da Procuradoria-Geral da República.
CURTA NOSSA FANPAGE E PERFIL
NO INSTAGRAM
Nenhum comentário:
Postar um comentário