Lula deu as declarações
durante pronunciamento na abertura da primeira reunião ministerial de seu
terceiro mandato como presidente.
Segundo a assessoria do
Palácio do Planalto, todos os 37 ministros participam da reunião. O encontro,
que começou pela manhã, deve avançar pela tarde.
Sem mencionar nenhum
ministro especificamente, Lula afirmou que não deixará nenhum dos titulares das
pastas "no meio da estrada" ao longo do governo. Ele disse respeitar
as indicações políticas que levaram os ministros ao governo.
"Estejam certos que eu
estarei apoiando cada um de vocês nos momentos bons e nos momentos ruins. Não
deixarei nenhum de vocês no meio da estrada, não deixarei nenhum de vocês.
Vocês foram chamados porque têm competência, vocês foram chamados porque foram
indicados pelas organizações políticas que vocês pertencem, e eu respeito muito
isso", afirmou.
Lula acrescentou que tratará
os subordinados como filhos, apoiando mas exigindo "muito trabalho". Segundo
o petista, quem fizer algo "errado" será convidado a se retirar.
"Quem fizer errado,
sabe que tem só um jeito, a pessoa será simplesmente, da forma mais educada possível,
convidada a deixar o governo e, se cometeu algo grave, a pessoa terá que se
colocar diante das investigações e da própria Justiça", afirmou Lula.
Durante o discurso, Lula
destacou a importância de um bom relacionamento com o Legislativo. Disse ter
orgulho de ter montado uma equipe de políticos e que não adianta ter um governo
composto por técnicos gabaritados, mas não conseguir votos no Congresso.
"É preciso que a gente
saiba que é o Congresso que nos ajuda. Nós não mandamos no Congresso, nós
dependemos do Congresso e, por isso cada ministro tem que ter a paciência e a
grandeza de atender bem cada deputado, cada deputada, cada senador, cada
senadora que o buscar", afirmou.
Em outro momento, Lula foi
mais específico e citou os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
"Não tem veto
ideológico para conversar e não tem assunto proibido em se tratando de coisas
boas para o povo brasileiro. Então, eu quero que vocês saibam que vocês contem
comigo porque eu tenho consciência que não é o Lira que precisa de mim, é o governo
que precisa da boa vontade da presidência da Câmara. Não é o Pacheco que
precisa de mim, é governo que precisa de um bom relacionamento com o Senado. E
assim nós vamos governar esses quatro anos", afirmou.
Em outro trecho, o
presidente citou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e disse
que "empresários de verdade" do agronegócio sabem a "necessidade
da produção sem precisar ofender ou adentrar a Floresta Amazônica ou qualquer
bioma". Segundo Lula, esses produtores serão "muito respeitados pelo
governo", mas os que agirem fora da lei serão responsabilizados.
"Aqueles que quiserem
teimar e continuar desrespeitando a lei, invadindo o que não pode ser invadido,
usando agrotóxico que não pode ser usado, esse a força da lei imperará sobre
eles e nós vamos exigir que a lei seja cumprida. Porque, neste país tudo vale,
a única coisa que não vale é o cidadão bandido achar que pode desrespeitar a
boa vontade da sociedade brasileira, a nossa Constituição e a nossa legislação",
disse.
O presidente também exaltou
os eventos da posse presidencial do último domingo (1º).
"A nossa posse mostrou
que é possível a gente fazer esse país voltar a sorrir. É possível fazer essas
pessoas voltarem a sonhar e a nossa obrigação é de transformar esse sonho em
realidade. Esse é o compromisso de cada companheiro e de cada companheira que
assumiu esse ministério", disse.
"As pessoas pareciam
que estavam se encontrando consigo mesmo. É preciso acabar com essas brigas
familiares", completou.
A audiência com os
ministros, segundo o ministro da Secretaria de Relações Institucionais,
Alexandre Padilha, tem o objetivo de "dar a partida" à nova gestão
petista.
Entre os temas que serão discutidos, estão a coordenação do governo, a situação das obras de cada ministério e as ações a serem tomadas, além da relação com estados e municípios.
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