As informações constam de
documento enviado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) ao STF (Supremo
Tribunal Federal), a partir do levantamento de placas dos veículos que
participaram de um comboio organizado por manifestantes em Cuiabá (MT) no dia 5
de novembro.
Nesta quarta-feira (7), o
ministro Alexandre de Moraes determinou multa de R$ 100 mil aos
proprietários dos caminhões listados no documento, que foram identificados
pelas autoridades de Mato Grosso.
Moraes também tornou esses
veículos indisponíveis —ou seja, proibiu a sua circulação e bloqueou seus
documentos. A decisão ocorreu após ele ter determinado a adoção de
providências para o desbloqueio de rodovias e espaços públicos no estado.
A situação foi ressaltada
pelo procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, José Antônio Pereira, em
ofício enviado ao STF em que pediu multa aos envolvidos.
Ele destacou que “alguns
desses veículos têm, inclusive, envolvimento com ilícitos
anteriores, conforme informado pela PRF”. Os donos dos veículos listados
como participantes dos bloqueios são os mesmos que aparecem nos boletins de
ocorrência registrados pela polícia.
A Folha entrou em
contato por WhatsApp com as pessoas físicas listadas como proprietárias dos
caminhões e com os motoristas citados nos casos, mas não obteve resposta. As
empresas foram contatadas por email e também não responderam.
Um deles, um caminhão
Mercedes Benz modelo Actros 265, já havia sido apreendido em outubro, mês
anterior ao dos protestos dos quais participou.
Segundo documento da PRF,
ele foi pego na BR-101, altura do município de Palhoça (Santa Catarina),
transportando três toneladas de drogas (2,9 toneladas de maconha e 103 quilos
de skank).
O motorista foi preso e
conduzido, junto com o veículo, à Polícia Federal em Florianópolis. O condutor
e outro homem que fazia parte do comboio relataram que ganhariam R$ 100 mil
pelo serviço.
De acordo com o boletim de
ocorrência, o caminhão estava registrado como de propriedade da empresa Sipal
Indústria e Comércio. A mesma companhia teve oito veículos registrados na
polícia como participantes de atos antidemocráticos. No dia 17 de novembro,
Moraes mandou bloquear a conta bancária da empresa.
O dono e sócios da Sipal
foram contatados por email, mas não responderam. A reportagem também ligou para
a empresa e acionou por telefone e por WhatsApp o departamento de recursos
humanos da empresa, que chegou a dizer nas mensagens que encaminharia os questionamentos
para a área responsável —mas as perguntas nunca foram respondidas.
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