O
incentivo para falar abertamente sobre tudo, segundo ela, veio das denúncias
feitas por Maria Eduarda de Carvalho contra o ex-marido Pedro Eurico, que
ela viu no NE2 e no Fantástico. A denúncia de Silvânia originou
um inquérito que está no Superior Tribunal de Justiça (veja mais abaixo).
“Quando
ele vinha bêbado, a gente se pegava na sala. Ele batia na minha cabeça,
dava murro na minha cabeça, me imobilizava, subia em cima de mim. Depois
que eu passei a ter as crianças, ele mandava as crianças descerem para não
assistir às agressões. Ele me pegava à força também, para ter relação [sexual]
comigo”, revelou.
Segundo
a dona de casa, o casamento de papel passado aconteceu em 2013, mas foram 25
anos de relacionamento, iniciado ainda na adolescência, e muitos deles de
violência.
No
entanto, a primeira queixa dela na delegacia, de difamação por violência
doméstica, foi feita somente na época da separação, no dia 4 de fevereiro de
2020, às 13h, na Delegacia da Mulher de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes,
no Grande Recife.
No
mesmo dia, foi registrada uma segunda denúncia, de lesão corporal por violência
doméstica, pouco antes das 17h, na Delegacia de Igarassu. No dia 29 de
outubro de 2020, Silvânia prestou mais uma queixa por difamação, também na
Delegacia da Mulher de Prazeres.
Apesar
da primeira denúncia ter sido feita há pouco tempo, Silvânia lembrou que tinha
15 anos quando conheceu o desembargador, que tinha 38 anos. O encontro
aconteceu na praia de Itamaracá, no Litoral Norte. Ele a convidou para tomar
uma cerveja e os dois ficaram juntos na praia.
“Depois,
ele me levou para a casa que ele tinha alugado lá, um duplex. Nesta mesma
noite, eu já bêbada, ele dormiu comigo, nesse mesmo dia. Tinha 15 anos e ele
perguntou se eu já tinha tido relação sexual. Eu disse que não. Ele foi meu primeiro.
Eu era virgem e ele sabia", contou.
Depois,
os dois se encontraram no Recife, já no dia seguinte. “Ele me buscou lá, me
levou para o shopping, comprou roupa, perfume, foi me encantando com esse mundo
que eu não tinha, né? De ter as coisas. Ele era juiz de juizado aqui de
pequenas causas”, contou.
Um
tempo depois, eles foram morar juntos no apartamento dele, no Recife. E as
agressões, de acordo com ela, começaram cedo. A dona de casa disse que se
sentia refém e que não podia dizer para ninguém o que acontecia.
A
mãe de Silvânia era empregada doméstica e ela havia sido expulsa de casa pelo
pai. A questão financeira pesou para que fosse suportando. “Passei a ajudar a
minha mãe, minha mãe deixou casa de família e fui suprindo as necessidades da
casa e me prendendo mais ainda nele”, relatou.
No
início de 2020, depois de mais uma briga com o marido, Silvânia contou que
resolveu se separar. O motivo da confusão teria sido novas descobertas de meios
que ele usava para vigiá-la. Em um vídeo enviado pelo WhatsApp, ela mostra um
equipamento de escuta escondido no carro. Do G1PE
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