O
vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho (sem partido),
e a namorada dele, Monique Medeiros, estão presos temporariamente desde o dia 8
de abril. Eles são suspeitos de homicídio qualificado de Henry Borel, 4, filho
de Monique, no dia 8 de março.
No início da semana que vem, investigadores e peritos devem acertar os últimos
detalhes do inquérito e o delegado responsável pelo caso deverá apresentar o
relatório final.
"Nós
julgamos ter provas muito contundentes, mais do que suficientes, para que o
caso seja levado à Justiça", afirmou Lopes.
A
informação foi dada após o depoimento da assistente social Débora Saraiva, 34,
ex-namorada do vereador Dr. Jairinho, na 16ª Delegacia de Polícia da capital,
na Barra da Tijuca (zona oeste).
Segundo
o delegado, Débora voltou atrás no depoimento anterior e confirmou que ela e o
filho, então com dois anos, sofreram agressões do parlamentar durante os seis
anos em que se relacionaram.
"Ela
disse que foram tantas agressões que nem sequer conseguia lembrar a quantidade
exata de vezes que apanhou do Dr. Jairinho", afirmou. "Tudo isso
demonstra como foi importante o pedido de prisão temporária, porque as
testemunhas vêm apresentando novas versões", disse Lopes.
Esse
foi o segundo depoimento de Débora, que já havia sido ouvida no dia 22 de
março. Ela chegou ao local às 14h30 e saiu por volta das 17h20, sem falar com
os repórteres.
A
versão apresentada hoje por Débora é diferente da relatada à polícia na
primeira vez em que foi ouvida. Segundo o jornal O Globo, em depoimento no dia
22 de março, a mulher havia negado a existência de agressões físicas durante o
relacionamento e dito que houve "algumas brigas, mas só rolavam
xingamentos".
Débora
também contou, segundo o jornal, que Jairinho entrou em contato com ela às
11h46 do dia 8 de março, seis horas após atestada a morte de Henry. Segundo
Débora, eles conversaram "como se nada tivesse acontecido".
Em
entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, exibida na noite desta quinta-feira
(15) no programa Cidade Alerta, da TV Record, Débora já havia antecipado o
histórico de agressões que afirma ter sofrido durante os seis anos de
relacionamento com o vereador. Ela disse que não procurou a polícia por medo de
represálias.
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