Os
parlamentares sugerem a convocação dos ministros Paulo Guedes (Economia),
Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações) e Damares Alves (Mulher,
Família e Direitos Humanos).
Há
ainda requerimentos para a convocação dos ex-ministros Ernesto Araújo (Relações
Exteriores), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Walter Braga Netto
(Casa Civil). O ministro Wagner Rosário, da Controladoria Geral da União (CGU),
é chamado a depor em um pedido de convite.
A
CPI da Pandemia pode votar ainda a convocação dos governadores João Doria (São
Paulo), Wilson Lima (Amazonas), Rui Costa (Bahia) e Hélder Barbalho (Pará).
Wellington Dias (Piauí) é convidado como representante do Fórum de
Governadores.
O
prefeito de Manaus (AM), David Almeida, é alvo de três requerimentos. Além
dele, há pedidos para a convocação dos gestores de Chapecó (SC), João
Rodrigues; Ilha Bela (RJ), Toninho Colucci; e São Lourenço (MG), Walter Lessa. Outro
requerimento pede a convocação do ex-prefeito de Fortaleza (CE), Roberto
Cláudio.
A
CPI da Pandemia pode votar ainda a convocação dos secretários estaduais de
Saúde de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco,
Piauí, Sergipe e Rio Grande do Norte. Além deles, podem ser convocadas a depor
as gestoras municipais de Saúde de Manaus e de Porto Seguro (BA). Há ainda
requerimentos para a convocação de ex-secretários do Amazonas, do Distrito
Federal e de Fortaleza.
“Gabinete
do ódio”
De
todos os requerimentos que aguardam apreciação, apenas quatro têm data
confirmada de votação. Eles se referem à convocação de Fabio Wajngarten,
ex-secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República. Em
entrevista à revista Veja, Wajngarten afirmou que houve “incompetência” e
“ineficiência” de gestores do Ministério da Saúde para negociar a compra de
vacinas. Os quatro pedidos devem ser votados na próxima terça-feira (4).
Os
senadores podem apreciar ainda a convocação do chamado “gabinete do ódio”: um
grupo de servidores que atua nas redes sociais da Presidência da República e é
suspeito de promover uma campanha de desinformação durante a pandemia. Podem
ser chamados a depor os assessores Tércio Arnaud Tomaz, José Matheus Gomes e
Mateus Matos Diniz, além do secretário de Comunicação da Presidência, Flávio
Rocha.
Os
parlamentares apresentaram ainda requerimentos para a convocação do
ex-comandante do Exército, general Edson Pujol. Durante a gestão dele, o
Laboratório do Exército intensificou a produção de cloroquina, um medicamento
sem eficácia comprovada contra a covid-19.
Quem
também aparece entre os requerimentos de convocação é o ministro Marco Aurélio
Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em março do ano passado, ele decidiu
que governadores e prefeitos podem adotar medidas para o enfrentamento do
coronavírus — assim como o presidente da República.
Os
senadores sugerem ainda a convocação do diretor-geral da Polícia Federal, Paulo
Maiurino. Também podem ser chamados a depor o presidente da Fundação Nacional
do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier, e o ex-secretário do Tesouro Nacional
e atual secretário especial de Fazenda, Bruno Funchal.
Convites
e informações
Dos
73 requerimentos de convite, 16 se referem à realização de audiências públicas.
Eles sugerem a participação de representantes de universidades, entidades
médicas, organismos multilaterais de saúde, governos estaduais, prefeituras,
hospitais públicos e privados, santas casas, especialistas em relações internacionais,
órgãos de controle e institutos de pesquisa. Um requerimento também sugere a
presença de infectologistas para “prestar informações sobre as evidências
cientificas que comprovam a eficácia do tratamento precoce contra a covid-19”.
Os
senadores apresentam ainda requerimentos para ouvir representantes de
laboratórios que desenvolvem ou já produzem vacinas contra o coronavírus. São
eles: Instituto Butantan, Sinovac, Fundação Oswaldo Cruz, AstraZeneca, União
Química, Instituto Gamaleya, Instituto do Soro da Índia e Janssen.
Os
dois requerimentos de informação pendentes de votação solicitam dados à
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e ao Ministério da
Saúde. O primeiro se refere a propagandas, campanhas ou inserções midiáticas realizadas
pelo governo federal em temas relacionados à pandemia. O segundo pede
informações sobre a compra de exames para a detecção da covid-19.
Fonte: Agência
Senado
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