"O
estudo completo inclui um número maior de amostras já em análise. Os resultados
serão divulgados posteriormente", informa o Butantan.
O
Butantan destaca que vacinas como a CoronaVac, compostas de vírus inativado,
possuem todas as partes do vírus.
"Isso
pode gerar uma resposta imune mais abrangente em relação ao que ocorre com
outras vacinas que utilizam somente uma parte da proteína Spike (proteína
utilizada pelo coronavírus para infectar as células). A vacina inativada do
Butantan consegue ter uma proteína Spike completa", explica o Butantan.
Assim,
a vacina do Butantan pode levar a uma proteção mais efetiva contra as variantes
que apresentam mutação na proteína Spike, enquanto as vacinas que têm
fragmentos menores desta proteína têm menos chances de serem eficazes contra as
novas variantes.
Nos
testes, o Butantan usa soros das pessoas vacinadas, colhidos por meio de exames
de sangue. Posteriormente, as amostras são colocadas em um cultivo de células
e infectadas com as variantes.
"A
neutralização consiste em testar se os anticorpos gerados em decorrência da
vacina vão neutralizar, ou seja, combater o vírus nesse cultivo", completa
o Butantan.
No
estudo está sendo avaliado não somente o vírus de referência, como também as
variantes P.1 e P.2 (ambas têm mutação E484K presente na variante B.1.351,
detectada na África do Sul).
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