
O
presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM-AP), marcou para esta
terça-feira (3) sessão conjunta a fim de analisar oito vetos na pauta do
parlamento. O mais polêmico é o veto presidencial 52, a respeito do orçamento
impositivo, novidade que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Senado
e Câmara ainda estão divididos sobre o assunto.
Até
as 23h desta segunda-feira (2), Alcolumbre estava reunido com parlamentares e
ministros na residência oficial do Senado, no Lago Sul, para estabelecer o
encaminhamento dos vetos. Participavam do encontro o general Luiz Eduardo
Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo; o deputado Domingos Neto
(PSD-CE), relator do Orçamento; o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra
(MDB-PE); o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), o
líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM); e o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), que chegou nesta segunda-feira (2) à noite da Espanha para a
reunião. Nenhum acordo havia sido definido até o fechamento desta edição.
Pela
nova regra do orçamento impositivo, o Legislativo ganha mais poder na escolha
dos gastos discricionários (não obrigatórios), deixando o Executivo com poucos
recursos para remanejar e entregar uma meta fiscal deficitária em até R$ 124,1
bilhões neste ano. O veto 52 derruba 10 dispositivos na lei orçamentária, entre
eles, o que dá poderes para o relator escolher a prioridade para mais R$ 30
bilhões dos gastos discricionários com emendas parlamentares, além dos atuais
R$ 16 bilhões. Assim, parlamentares passarão a controlar R$ 46 bilhões das
despesas não obrigatórias previstas no orçamento deste ano, que somam R$ 126
bilhões, conforme os dados do Tesouro Nacional.
O
governo entende que a derrubada do veto limita a gestão de recursos pelo
governo e pode travar a execução orçamentária, apesar de o secretário do
Tesouro, Mansueto Almeida, afirmar que o dispositivo não seria um problema para
o cumprimento da meta fiscal. Mas a defesa da manutenção do veto está ganhando
apoio da oposição e de parlamentares que costumam ter opiniões divergentes.
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