
Ao
autorizar a deflagração da Operação Arremate, que mira o senador Fernando
Collor (PROS), o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin ressaltou
que o parlamentar merece 'deferência imprescindível à autoridade pública
investida de mandato parlamentar'. A investigação mira suposta lavagem de R$ 6
milhões em imóveis, que teriam como laranja um assessor do Senado. Fachin
proibiu 'indiscrição' aos agentes da Polícia Federal no cumprimento das buscas
e apreensões.
"Determino,
outrossim, que a autoridade policial evite exposição indevida, especialmente no
seu cumprimento, abstendo-se de toda e qualquer indiscrição, inclusive
midiática, bem como evitando o uso de armamento ostensivo", anotou.
O
ministro ressaltou a gravidade dos fatos investigados. "Com todas essas
considerações, tenho como justificada a relação necessária entre a diligência
requerida e os correlatos fatos a serem apurados, assinalando que o conjunto de
informações traz, mais uma vez, um quadro criminoso de singular gravidade, com
envolvimento, em tese, de autoridade de Estado".
A
Arremate foi deflagrada nesta sexta, 10, e pôs nas ruas 70 policiais federais
cumprem 16 mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao senador em
Maceió (AL) e em Curitiba (PR).
Os
crimes teriam ocorrido a partir da compra de imóveis em hastas públicas em
2010, 2011, 2012 e 2016. Hasta é um ato da justiça pelo qual são vendidos bens
de um devedor, para que, com o dinheiro da venda, possa-se pagar a um credor e
as custas de um processo de execução de dívida.
Tarso
de Lima Sarmento, assessor parlamentar júnior de Fernando Collor (PROS-AL),
ganha R$ 4,6 mil mensais líquidos do Senado, mas é apontado como o laranja do
parlamentar na compra de R$ 6 milhões em imóveis adquiridos em cinco leilões.
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