Dias
após o presidente Jair Bolsonaro ordenar a eliminação de uma nova
CPMF dos estudos de reforma tributária do governo, o ministro da Economia,
Paulo Guedes, veio a público para fazer uma defesa da criação de um imposto
sobre transações financeiras.
Em
evento do setor de comércio nesta terça-feira (17), o ministro indicou que
pretende insistir na ideia de criar o tributo, que, segundo ele, viabilizaria
uma redução de alíquotas de impostos existentes hoje, além de gerar empregos e
crescimento econômico.
Na
última quarta-feira (11), o então secretário da Receita Federal Marcos Cintra
foi demitido após um subordinado apresentar proposta de imposto sobre
pagamentos. No mesmo dia, Bolsonaro disse ter determinado que uma CPMF fique
fora da reforma.
Nesta
terça, porém, Guedes voltou a elencar vantagens de eventual criação de um
imposto sobre pagamentos. Segundo ele, Bolsonaro está consciente da importância
da reforma tributária e sabe que não é possível fazer o país crescer subindo
alíquotas de impostos existentes hoje.
Guedes
disse estar com um "enigma" e um "problema enorme" pela
frente. Segundo ele, o Ministério da Economia trabalha em conjunto com o
Congresso para elaborar uma proposta de reforma tributária.
"Evidentemente,
quando as pessoas falam de CPMF, o presidente fala que não. Porque realmente
não é CPMF que a gente quer, é um imposto sobre transações diferente desse.
Mas, para que não haja mal entendido, morreu em combate o nosso valente
Cintra", afirmou.
De
acordo com Guedes, a implementação de um imposto sobre transações viabilizaria
uma queda de alíquotas da tributação sobre consumo, do Imposto de Renda e de
encargos trabalhistas.
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