
O
juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Federal Criminal em São Paulo (SP), rejeitou nesta
segunda-feira (16) a denúncia apresentada pela força-tarefa da Lava Jato
contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu irmão José Ferreira
da Silva, conhecido como Frei Chico. Ambos eram acusados de corrupção passiva.
A
denúncia também foi rejeitada em relação a outros três executivos da Odebrecht
por suposta prática de corrupção ativa: Alexandrino Alencar, Marcelo Odebrecht,
ex-presidente do grupo, e Emilio Odebrecht.
De acordo com a denúncia, Frei Chico teria recebido mesada da Odebrecht de 2003 a 2015 dentro de um pacote de vantagens indevidas oferecidas ao petista. O valor total chegaria a R$ 1,1 milhão, divididos em repasses de R$ 3.000 a R$ 5.000 ao longo do período.
De acordo com a denúncia, Frei Chico teria recebido mesada da Odebrecht de 2003 a 2015 dentro de um pacote de vantagens indevidas oferecidas ao petista. O valor total chegaria a R$ 1,1 milhão, divididos em repasses de R$ 3.000 a R$ 5.000 ao longo do período.
Frei
Chico é considerado o responsável por introduzir Lula no movimento sindical no
ABC paulista, nos anos 1960. Para o juiz federal, os fatos da denúncia não
possuem todos os elementos legais exigidos para a configuração do delito, não
havendo pressuposto processual e nem justa causa para a abertura da ação penal.
"Não
se tem elementos probatórios de que Lula sabia da continuidade dos pagamentos a
Frei Chico sem a contrapartida de serviços, muito menos que tais pagamentos se
davam em razão de sua novel função", afirma o juiz.
Lula
está preso desde abril em 2018 em Curitiba, cumprindo pena por condenação por
corrupção e lavagem no caso do tríplex de Guarujá (SP), que já foi julgado em
três instâncias.
Ele
também foi condenado por corrupção e lavagem em primeiro grau no processo do
sítio de Atibaia (SP), que está sob recurso no Tribunal Regional Federal da 4ª
Região.
Além
dos dois casos já sentenciados, Lula é réu em outras sete ações penais no
Paraná, DF e em São Paulo.
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