O promotor
afastado do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) Marcellus Ugiette afirmou,
nesta quinta-feira (9), que as acusações contra ele são “absurdas” e
“precipitadas". Investigado por corrupção passiva e por beneficiar
detentos em transferências, ele disse estar passando um momento ruim com
tranquilidade. “Vou provar minha inocência”, garantiu.
“Estou
moído por dentro, mas estou muito tranquilo em relação a essa acusação e a
qualquer outra que for feita. Quem tem que provar que eu sou um braço forte de
uma organização criminosa é quem me acusa disso”, afirmou o promotor afastado.
Ao
lado de advogados que o apoiam, Ugiette também disse que não se sente
corrompido por eventuais presentes que ganha, como canecas, canetas e bíblias.
"A corrupção é uma via de mão dupla. Ela só existe quando a pessoa oferece
algo e pede alguma coisa em troca disso, o que não é o caso", relatou.
Ugiette
também se colocou à disposição da Polícia Civil e do MPPE para prestar
esclarecimentos. “Estou vivendo um pesadelo, assim como minha família, meus
amigos, mas esse também tem sido um momento de ensinamento, reflexão e
interação com Deus. Estou à disposição de todos para falar o que for preciso”,
diz.
O
distanciamento de Ugiette da Vara de Execuções Penais foi divulgado pelo MPPE
na segunda (6). De acordo com o Grupo de Apoio Especializado de Enfrentamento
às Organizações Criminosas do MPPE (Gaeco/MPPE), o promotor atendia a pedidos
dos advogados dos presos e, com isso, os detentos conseguiam permanecer juntos
em um dos presídios do Complexo Prisional do Curado.
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