O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou nesta quinta-feira (14)
que a discussão e a votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara
ficou para fevereiro. A
previsão de Rodrigo Maia é fazer a discussão da proposta no dia 5 e a votação
no dia 19 de fevereiro.
O
anúncio de que a votação ficaria para fevereiro já tinha sido feito nesta
quarta-feira (13) pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá. A antecipação
do anúncio pelo senador provocou “constrangimento”, nas palavras do deputado
Carlos Marun (PMDB-MS), futuro ministro da Secretaria de Governo, pasta
responsável pela articulação política. Horas depois da fala de Jucá, o Palácio
do Planalto e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chegaram a contestar a
informação.
“Eu
falei aqui há alguns dias: quando marcarmos uma data, teremos os votos. Nós
teremos os 308 votos. A base não tem os votos hoje. O que precisamos daqui até
fevereiro é trabalhar os votos”, afirmou o presidente da Câmara.
Por
se tratar de uma proposta de emenda constitucional (PEC), a reforma da
Previdência necessita para ser aprovada dos votos favoráveis de três quintos
dos 513 deputados (308) em dois turnos de votação.
Segundo
Maia, no dia 19 de fevereiro, o governo já terá conseguido ultrapassar o mínimo
de votos necessários. “Eu tenho convicção de que, quando essa votação começar,
no dia 19, nós teremos 320, 330 votos”, declarou.
Para
o presidente da Câmara, “a questão de votar, neste momento já não é mais uma
questão se é melhor votar antes ou depois da eleição. O importante é que esse
tema está inviabilizando o Brasil”.
Ele
afirmou que as novas regras para a aposentadoria a serem votadas são as que
constam da nova versão do relatório do deputado Arthur Maia (PPS-BA), que já é
conhecida, mas será lida oficialmente nesta quinta no plenário da Câmara. “99%
do que, certamente, vai ser aprovado está no texto que será apresentado hoje
pelo deputado Arthur Maia”, disse Rodrigo Maia.
Segundo
Maia, se não houver a votação no início do ano, a reforma da Previdência
permanecerá como um tema de debate durante a campanha eleitoral do ano que vem.
“Esse
é um tema que sairá da pauta quando nós tivermos um sistema mais justo, mais
equilibrado. Não adianta alguém imaginar que sem votar a Previdência em
fevereiro, março ou abril, nós teremos condições de tirar esse assunto do
processo eleitoral. A sociedade vai querer saber a posição de cada um.”
“Eu
tenho certeza que, mesmo sendo um ano eleitoral, com esses ajustes feitos e com
a possibilidade que o governo possa continuar com uma campanha esclarecendo a
sociedade (…), temos um texto que organiza esse desequilíbrio”, disse. “Estou
explicando por que, desta vez, em ano eleitoral, dá para votar”, afirmou.
