terça-feira, 5 de setembro de 2017

Arcoverde: Zirleide questiona decreto de Madalena que corta gratificações sumariamente

              Um decreto de número 260, baixado no dia 24 de agosto, momentos antes do fechamento da folha de pagamento, retirou sumariamente, as “Gratificações de Desempenho Efetivo Condicional” de todos os servidores públicos municipais de Arcoverde. A denúncia foi feita pela vereadora oposicionista Zirleide Monteiro (PTB), na sessão ordinária desta segunda-feira (4) da Câmara Municipal.

Segundo ela, no dia 24 do mês passado, a prefeita Madalena Britto (PSB) assinou o decreto nº 260/2017 que “dispõe sobre a suspensão imediata das GDECs (Gratificação de Desempenho Efetivo Condicional) no município de Arcoverde”. Segundo o decreto, a medida visa “auditar as concessões das GDECs”, que são feitas pela própria prefeita.

Em sua fala, Zirleide cobrou que o Governo explicasse melhor as razões para cortar todas as gratificações de forma sumária e sem aviso prévio. “Gostaríamos muito que a liderança do governo explicasse não a mim, vereadora, mas as centenas de servidores públicos que recebem essas gratificações, muito há anos, e da noite para o dia simplesmente vão ficar sem receber esse extra em seus contracheques sem nenhuma explicação”.

A vereadora e presidente da Casa James Pacheco, Célia Almeida (PSB), saiu em defesa do governo e alegou que as referidas gratificações vem de anos e muitas delas são pagas até a quem está de férias ou mesmo de licença, além de que vários servidores ao se aposentarem requerem ao Fundo de Previdência a sua incorporação. Ela disse que a Prefeitura não tem condições de sustentar esse tipo de benefícios sob o risco de inviabilizar totalmente o fundo de previdenciário, mas que não foram cortadas todas as gratificações e que elas serão concedidas a quem de fato exerça a função e por merecimento.

A vereadora Zirleide Monteiro retrucou dizendo estranhar que nem todas as gratificações foram cortadas quando o próprio decreto diz que “ficam suspensas por tempo indeterminado todas as gratificações”. Ela ainda questionou se “Era preciso cortar totalmente as GDECs para auditar? Os servidores públicos de Arcoverde precisam pagar por erros ou ações que outros cometeram, se cometeram, porque até hoje ninguém sabe dizer nada?”.

“Esse decreto, solto no silêncio, foi do dia 24 de agosto, e atingiu em cheio os servidores que do dia para noite vão ver seu contra cheque reduzido sem nenhuma explicação visível, fundamentada. Não é preciso tirar direitos de trabalhadores para se fazer uma auditoria”, concluiu a vereadora Zirleide Monteiro.

Na semana passada, os vereadores de Arcoverde aprovaram um projeto de lei do Executivo que alterava um artigo sobre as referidas gratificações, determinando que as mesmas não pudessem ser incorporada aos vencimentos, principalmente a título de aposentadoria.