O
governador Paulo Câmara (PSB) divulgou agora à pouco nota em que repudia as
acusações de que teria recebido dinheiro do grupo JBS para a sua campanha. Ele
repete o chavão de que “as doações para a
minha campanha foram feitas na forma da lei, registradas e aprovadas pela
Justiça Eleitoral”.
Ele
nega que isso tenha acontecido, embora o delator, Ricardo Saud, contou em sua
delação premiada que o prefeito do Recife, Geraldo Júlio e o atual governador
de Pernambuco, Paulo Câmara, usaram o nome de Eduardo Campos, depois de morto,
para lhe pedir dinheiro. Teria recebido R$ 1 milhão, entregue pelo delator a André
Gustavo Vieira da Silva, via caixa 2. Abaixo da nota de Paulo Câmara, você pode
conferir cópias da delação de Saud assinada.
Confira
a nota do governador
"Venho repudiar, veementemente, a
exploração política do depoimento do delator Ricardo Saud, que já antecipo não
corresponde à verdade. Não recebi doação da JBS de nenhuma forma. Nunca
solicitei e nem recebi recursos de qualquer empresa em troca de favores.
Tenho uma vida dedicada ao serviço público. Sou um homem de classe média,
que vivo do meu salário.
Como comprovará quem se der ao
trabalho de ler o documento que sintetiza a delação, o próprio delator afirma
(no anexo 36, folhas 72 e 73) que nas doações feitas ao PSB Nacional "não
houve negociação nem promessa de ato de ofício", o que significa que
jamais houve qualquer compromisso de troca de favores ou benefícios. Desta
forma, é completamente descabido o uso de expressões como "propina"
ou “pagamento”.
Reafirmo a Pernambuco e ao Brasil que
todas as doações para a minha campanha foram feitas na forma da lei,
registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Paulo Câmara, governador de
Pernambuco".
As delações de Ricardo Saud assinada: