Foto Sintepe |
Do
Diário de Pernambuco
Depois
de seis dias parados, os professores da rede estadual de ensino decidiram
suspender a greve da categoria, na tarde desta terça-feira, em assembleia
realizada no Teatro Boa Vista. A paralisação dos docentes deixou escolas
estaduais sem aula por quatro dias letivos. Na contramão do movimento estadual,
os professores da rede municipal do Recife optaram por manter a paralisação e
marcaram um novo protesto para a próxima quarta-feira, dia 22 de março.
O
Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) adiantou que
não descarta a possibilidade de uma nova greve. O movimento paredista foi
deflagrado, na última quarta-feira, seguindo uma orientação da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e, em paralelo, foi entregue uma pauta
de reivindicação ao Governo de Pernambuco com 36 pontos de discussão a respeito
do piso salarial, das condições de trabalho e da formação continuada dos
profissionais. O Sintepe adiantou que haverá um novo ato de protesto no próximo
dia 11 de abril, na Praça do Derby, região central do Recife, a partir das 14h.
"Nós
fizemos a greve seguindo a orientação da CNTE no ato contra a Reforma da
Previdência e em defesa do Piso Salarial dos Professores. No mesmo dia,
entregamos ao governo nossa pauta com as questões específicas. Agora, o olhar
nacional aponta para uma nova investida e organização conjunta com as centrais
sindicais e movimentos sociais. Fora isso, o Estado tem 30 dias para dar uma
resposta sobre nossa pauta. Estamos reivindicando que se cumpra a lei, que
determina reajuste de 7,64% a partir do dia 1º de janeiro, mas que até agora
não aconteceu. Vamos aguardar, mas a suspensão da greve é momentânea e vamos
continuar o trabalho de mobilização e discussão com a categoria", detalhou
o presidente do Sintepe, Fernando Melo.
Pernambuco
tem, atualmente, 20 mil professores efetivos na rede estaduais, mais 15 mil
contratados temporariamente, quatro mil funcionários administrativos e 1,5 mil
analistas educacionais. A categoria reúne cerca de 40 mil trabalhadores.