quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Piora o quadro de saúde da ex-primeira dama Marisa Letícia

        O quadro clínico da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva piorou nas últimas horas desta quarta-feira, segundo o cardiologista Roberto Kalil Filho. Os médicos do Hospital Sírio-Libanês, que haviam retirado os sedativos de dona Marisa nesta terça-feira, resolveram voltar a aplicar os medicamentos que deixam a ex-primeira-dama em coma induzido.

Em uma conversa com jornalistas na porta do hospital, Kalil Filho explicou que três motivos levaram à piora do estado de saúde de dona Marisa. A inflamação causada pelo acidente vascular cerebral (AVC), sofrido no dia 24, não regrediu, a pressão intracraniana aumentou e a paciente teve vasoespasmos (contrações de vasos sanguíneos). Segundo ele, como a situação é grave, o quadro clínico apresenta melhoras e pioras ao longo do dia.

Boletim médico que havia sido publicado pelo Hospital Sírio-Libanês no início da tarde informava que a “paciente segue com monitorização neurológica intensiva, sem modificações no quadro clínico”.

O hospital não forneceu informações sobre a trombose que a paciente desenvolveu na segunda-feira. Segundo os médicos, foi feita a instalação de um filtro na veia cava, que liga os membros inferiores ao coração e pulmão, para impedir que o coágulo que está nas pernas cause uma embolia pulmonar.

Dona Marisa foi internada no último dia 24 após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico no apartamento onde mora com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Bernardo do Campo, no ABC. Ela foi atendida em um hospital da cidade e levada de ambulância até o Sírio, onde chegou consciente.

Após a operação para estancar o sangramento no cérebro, dona Marisa foi levada para a unidade de terapia intensiva (UTI). Desde então, os médicos monitoram os sinais cerebrais e acompanham a melhora da infecção causada pelo sangramento para retirar a sedação.

No boletim médico de terça-feira, o hospital havia informado que a ex-primeira-dama, de 66 anos, apresentava “níveis normais de pressão arterial sem necessidade de utilização de medicamentos”. De acordo com a nota, não há anormalidades na coagulação, função renal ou hepática. Do Globo.com