Pouco
mais de quatro meses após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter
aceitado o pedido de impeachment da oposição contra a presidente Dilma Rousseff
(PT), o processo passará pela votação dos 513 deputados federais em sessão
marcada para a tarde deste domingo (17) na Câmara dos Deputados, a partir das
14h.
O
governo tenta, na reta final, conseguir os 172 votos para barrar o impedimento,
enquanto a oposição joga suas fichas para chegar a 342 votos entre os 513
deputados. Na bancada pernambucana a votação tem 16 deputados federais favoráveis ao impeachment, 5 contra e 4 indecisos.
Se
houver 342 votos favoráveis (dois terços do total de deputados), a Câmara
autoriza o Senado a abrir um processo de julgamento da presidente pelos
supostos crimes de responsabilidade, tipo de infração política que pode levar
ao impeachment.
Após
uma eventual aprovação do impeachment na Câmara, a presidente só será
afastada do cargo se o Senado também decidir pela continuação do processo. É
preciso o voto de 41 dos 81 senadores (maioria simples). Seria, então, formada
uma comissão de senadores para analisar o caso, num processo que
poderá levar até 180 dias.
Na
véspera da votação, os dois lados travaram uma guerra de placares, com
situação e oposição divulgando já ter os números necessários para barrar e
fazer passar o impeachment. Manifestantes também foram às ruas em todo o país
para protestar contra e a favor do governo.
Além
da oposição, Dilma enfrenta ainda o acirramento da tensão com Michel Temer
(PMDB), seu vice-presidente.
Em
pronunciamento publicado nas redes sociais, Dilma acusou os “golpistas” de quererem
acabar com programas sociais como o Bolsa Família. Temer negou echamou as
acusações de “mentira rasteira”.
