sábado, 3 de outubro de 2015

Filiação de Madalena Parte I: Clima de campanha eleitoral e palavras duras




       Pelo
menos pouco mais de mil pessoas, segundo avaliação de um militar presente ao
evento, e mais de 5 mil segundo os organizadores apaixonados, embora as fotos
faça valer a primeira versão, foram ao colégio Cardeal Arcoverde, sob forte
aparato militar, pago pelo dinheiro do povo pernambucano, para assistir a
filiação da prefeita de Arcoverde, Madalena Britto, ao PSB. Cerca de 500 cadeiras foram espalhadas em meio a quadra para ocupar o espaço central do evento.





Sua
ficha de filiação foi abonada pelo governador Paulo Câmara (PSB) que fugiu dos
protestos do Movimento dos Sem Teto e dos policiais civis, organizado pelo
Sinpol. Para não ter que cruzar com os manifestantes, o governador e a prefeita
utilizaram-se de uma entrada alternativa.





Na
frente do Cardeal, os portões permaneceram quase que totalmente fechados,
apenas com uma abertura sendo controlada por um assessor da prefeita que
autorizava ou barrava as pessoas de entrarem. Em determinado momentos até mesmo
os que estavam dentro do pátio do colégio foram impedidos de saírem para não
diminuir o quórum do evento. Na Avenida Pedro II, mais de 15 ônibus e vans de Arcoverde
e cidades vizinhas tomavam de conta dos estacionamentos ao longo da avenida.




Dentro
da quadra, o palanque enfeitado de bolas foi tomada por vereadores, prefeitos da
região, deputados federais, estaduais e pela prefeita Madalena Britto e o governador
Paulo Câmara. Nos discursos, a mesma tecla de que a prefeita tá trabalhando
demais, de que a oposição está agoniada e de que ela terá mais quatro anos pela
frente ao ser lançada como candidata à reeleição, em 2016.







Os
discursos sobraram ainda para os manifestantes (policiais e sem teto), que
tiveram sua liberdade de ir e vir cerceada e foram nominados por uma frase
infeliz de um dos oradores: “enquanto os cachorros ladram, a caravana passa”. Na
realidade eram cidadãos em busca de seus direitos. Os sem teto reivindicavam as casas prometidas pelo governador e a prefeita; e os policiais melhores condições de trabalho, salários dignos para a categoria e mais segurança para a população. 

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