domingo, 4 de outubro de 2015

Crônica do Domingo: Da liberdade à (in) Gratidão




       Diz
Maquiavel que é louvável respeitar a palavra dada sem astúcias nem
embustes, embora à frente busque justificar a traição à palavra dada. Gratidão,
algemas do passado, liberdade, foram palavras soadas por diversas vozes na
quadra do Cardeal, sexta-feira passada, particularmente pela nova filiada
socialista.





Disse João
Campos, “gratidão é uma divida que não prescreve nunca”. Ele realmente não
conhece Arcoverde, porque aqui gratidão tem prazo de validade, e curto. Correndo pelo
Aurélio diz que gratidão é o “
Reconhecimento de uma
pessoa por alguém que lhe prestou um benefício, um auxílio, um favor etc.;
agradecimento”. Não foi o que ocorreu na Terra do Cardeal a bem pouco tempo.





Teria
sido grata alguém ao seu antecessor que lhe “prestigiou” a escolhendo como
candidata em meio a outros 4 nomes? Teria esse sentimento de gratidão por ter
recebido do ex-prefeito o “apoio” para ser candidata e se eleger prefeita? Teria
tido gratidão a nova socialista, como diz o jovem Campos, ao receber como
símbolo da amizade do ex-prefeito a oportunidade de concretizar um sonho de ser
prefeita? Pelo visto devem existir duas gratidões: uma que serve e tem preço a
nível estadual e outra que não tem validade e se vale pelos princípios da
honradez, da palavra dada, do compromisso assumido. Até a líder da atual
prefeita na câmara de vereadores já começa a sentir o sabor da palavra “gratidão”
que consta do dicionário da Grande Chefe Socialista.  





Mas
temos ainda a “liberdade” que “rompe, oficialmente, com as algemas de um
passado”. Que passado? O dos 8 anos que serviu como secretária de
assistência social da ex-prefeita Rosa? Os 8 anos que foi vice-prefeita,
colocada nesta condição pela ex-prefeita e o ex-prefeito? Ou o passado do
ex-prefeito que a escolheu como candidata a prefeita e a fez sua sucessora? Conseguiu
em tamanha frase demonstrar toda a ingratidão por duas pessoas, que, embora
hoje adversárias, fizeram a política que é hoje. Liberdade? Qual liberdade é
essa que se prende (olha as algemas) a um governo que abandonou o Hospital
regional, totalmente sucateado? Um governo que eleva a carga de impostos,
demite trabalhadores contratados a bel prazer deixando centenas de pais de
famílias arcoverdenses na rua, abandona estudantes de odontologia, sucateia a
segurança pública, e a isso chama-se de “novo tempo”. É comum esquecer as
coisas ruins e se apegar as grandes casas que a vida nos reserva.





Por
fim, em Arcoverde vale a brilhante frase de Maquiavel “Todos vêem o que você
parece ser, mas poucos sabem o que você realmente é”. Hoje, a cada dia, todos
já começam a saber o que realmente é. E fazendo valer ainda o nobre pensador “Uma
mudança sempre deixa o caminho aberto para outras”. E elas, com certeza
virão...







“Dê o poder ao homem
(mulher), e descobrirá quem ele(a) realmente é”.


                                                                                                 Maquiavel

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