Diz Maquiavel que é louvável respeitar a palavra dada sem astúcias nem embustes, embora à frente busque justificar a traição à palavra dada. Gratidão, algemas do passado, liberdade, foram palavras soadas por diversas vozes na quadra do Cardeal, sexta-feira passada, particularmente pela nova filiada socialista.
Disse João Campos, “gratidão é uma divida que não prescreve nunca”. Ele realmente não conhece Arcoverde, porque aqui gratidão tem prazo de validade, e curto. Correndo pelo Aurélio diz que gratidão é o “Reconhecimento de uma pessoa por alguém que lhe prestou um benefício, um auxílio, um favor etc.; agradecimento”. Não foi o que ocorreu na Terra do Cardeal a bem pouco tempo.
Teria sido grata alguém ao seu antecessor que lhe “prestigiou” a escolhendo como candidata em meio a outros 4 nomes? Teria esse sentimento de gratidão por ter recebido do ex-prefeito o “apoio” para ser candidata e se eleger prefeita? Teria tido gratidão a nova socialista, como diz o jovem Campos, ao receber como símbolo da amizade do ex-prefeito a oportunidade de concretizar um sonho de ser prefeita? Pelo visto devem existir duas gratidões: uma que serve e tem preço a nível estadual e outra que não tem validade e se vale pelos princípios da honradez, da palavra dada, do compromisso assumido. Até a líder da atual prefeita na câmara de vereadores já começa a sentir o sabor da palavra “gratidão” que consta do dicionário da Grande Chefe Socialista.
Mas temos ainda a “liberdade” que “rompe, oficialmente, com as algemas de um passado”. Que passado? O dos 8 anos que serviu como secretária de assistência social da ex-prefeita Rosa? Os 8 anos que foi vice-prefeita, colocada nesta condição pela ex-prefeita e o ex-prefeito? Ou o passado do ex-prefeito que a escolheu como candidata a prefeita e a fez sua sucessora? Conseguiu em tamanha frase demonstrar toda a ingratidão por duas pessoas, que, embora hoje adversárias, fizeram a política que é hoje. Liberdade? Qual liberdade é essa que se prende (olha as algemas) a um governo que abandonou o Hospital regional, totalmente sucateado? Um governo que eleva a carga de impostos, demite trabalhadores contratados a bel prazer deixando centenas de pais de famílias arcoverdenses na rua, abandona estudantes de odontologia, sucateia a segurança pública, e a isso chama-se de “novo tempo”. É comum esquecer as coisas ruins e se apegar as grandes casas que a vida nos reserva.
Por fim, em Arcoverde vale a brilhante frase de Maquiavel “Todos vêem o que você parece ser, mas poucos sabem o que você realmente é”. Hoje, a cada dia, todos já começam a saber o que realmente é. E fazendo valer ainda o nobre pensador “Uma mudança sempre deixa o caminho aberto para outras”. E elas, com certeza virão...
“Dê o poder ao homem (mulher), e descobrirá quem ele(a) realmente é”.
Maquiavel
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