Durante a exposição, após
apresentação do contexto histórico-epidemiológico da doença e da revisão de
literatura, o médico Demétrius Montenegro frisou a importância do isolamento em
casos suspeitos e também a responsabilidade sanitária de cada
indivíduo.
"De forma diferente de
como ocorre com o coronavírus, não se trata aqui de um isolamento,
propriamente, respiratório, já que é necessário um contato muito próximo e
direto com a pessoa contaminada. Nesse surto, o modo de transmissão é de pessoa
para pessoa, então, o problema é o contato com as lesões contaminantes e com a
exposição direta às gotículas respiratórias contendo o vírus", explicou.
Outro ponto ressaltado foi o
cuidado com a estigmatização da doença."De forma geral, estamos
ressaltando aqui o contato físico próximo como fator determinante para a
transmissão do vírus e isso inclui, também, o contato ou a relação sexual, mas
não apenas ela. É necessário que trabalhemos contra qualquer forma de
preconceito ou estigma que essa infecção possa causar. Não se deve apontar o
contato sexual como um fator determinante ou único de disseminação do vírus,
mas sim qualquer contato", finalizou.
Também foram
discutidos pontos para reforçar e uniformizar o protocolo de atendimento e
manejo clínico; os critérios com relação aos casos prováveis que atendam à
definição de caso suspeito, assim como, orientações gerais e de diagnóstico.
Desde o mês de junho, a
SES-PE emitiu nota técnica para os serviços de saúde das redes públicas e
também privada sobre as diretrizes a serem adotadas para vigilância,
acompanhamento e manejo clínico dos casos suspeitos e confirmados da monkeypox
em Pernambuco.
Sendo assim, todos os
serviços de saúde já estão aptos a realizar o primeiro atendimento de um caso
suspeito da infecção pela monkeypox, iniciar o protocolo de notificação e
manejo clínico do paciente, além de encaminhamento para os serviços de
referência nos casos assim indicados. Nos casos de maior gravidade, os
pacientes devem ser encaminhados, via Central de Regulação, para as unidades de
referência em doenças infectocontagiosas (Hospital Correia Picanço, Hospital
Universitário Oswaldo Cruz e Hospital das Clínicas).
Para interessados da área, a
palestra está disponível no Youtube do Núcleo Estadual de telessaúde.
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