Milhares
de profissionais do sexo são afetadas pelo fechamento de motéis onde alugam
quartos para prestação de seus serviços no centro da capital mineira; e muitas
estão correndo riscos nas ruas para encontrar clientes.
"Estamos
na linha de frente, movimentando a economia. Estamos em risco, não temos
auxílio, não temos cesta básica", disse Cida Vieira, presidente da
Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aspromig) à AFP, que afirmou que
cerca de 2.000 mulheres aderiram ao movimento.
Junto
a outras profissionais do sexo, Vieira liderou um protesto com faixas na Rua
Guaicurus, região movimentada de lojas populares e motéis onde concentram suas
atividades, agora paralisadas por restrições aos serviços não-essenciais para
conter o vírus.
"Nós
fazemos parte do grupo prioritário pois mexemos com vários tipos de pessoas e
estamos correndo risco de vida", declarou à AFP Lucimara Costa, que
trabalha como prostituta.
O
governo federal definiu como prioridade na vacinação trabalhadores de saúde,
idosos, indígenas, pessoas com comorbidades e professores, entre outros grupos,
o que não inclui profissionais do sexo.
A
projeção oficial prevê a vacinação de pessoas inseridas nessas categorias
prioritárias (cerca de 77 milhões de pessoas) durante o primeiro semestre de
2021.
No entanto, especialistas estimam que essa etapa pode ser estendida até setembro por falta de doses disponíveis.
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