A
iniciativa, que levou em consideração os municípios com os menores Índices de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), faz parte do Programa de Eficiência
Energética (PEE), regulado pela Agência Nacional de Eficiência Energética
(Aneel).
A
doação desses equipamentos totaliza R$ 6 milhões, que se somam às outras ações
já realizadas pela empresa voltadas ao combate da pandemia, como a compra de
testes em parceria com a Fiocruz e a doação de respiradores, num montante que
já alcança R$ 20 milhões.
Os
novos refrigeradores serão destinados aos municípios atendidos pelas distribuidoras
do Nordeste (Celpe, Coelba e Cosern) que têm IDHM até 0,61 e, de São Paulo
(Elektro), com o índice até 0,74.
A
instalação de cada refrigerador científico deve injetar no sistema elétrico uma
carga de 89 kW e consumo anual de 781 MWh, que será compensado com o
recolhimento, em cada município, de dois equipamentos de refrigeração
antigos e doação de lâmpadas eficientes para postos de saúde, hospitais e para
consumidores residenciais baixa renda.
Em
Pernambuco, a Celpe contará com a parceria da Associação Municipalista de
Pernambuco (Amupe). Os refrigeradores científicos têm temperatura programável e
constante entre 2º C e 8º C, além de baterias recarregáveis.
Os
equipamentos possuem sensores e um sistema de alarme remoto a distância, que
realiza chamadas telefônicas se houver uma queda de temperatura ou se a bateria
estiver em um nível baixo.
As
câmaras de conservação que serão doadas pela Celpe são de fabricação nacional e
têm capacidade de 280 litros, suficientes para armazenar cerca de 18 mil doses
de 0,5 ml.
Para
receber os novos equipamentos, os governos municipais devem entregar
refrigeradores e freezers antigos às distribuidoras da Neoenergia, nas UTDs (sigla
para Unidade Territorial de Distribuição) das empresas. A companhia irá retirar
substâncias como os gases CFC (clorofluorocarboneto), que podem contribuir com
o efeito estufa, e fazer o descarte correto dos equipamentos.
"Ao
utilizar como estratégia o recebimento dos equipamentos de refrigeração antigos
e não adequados para conservação das vacinas, estamos compensando o acréscimo
de carga de 89 kW”, diz Ana Christina Macarenhas.
Os
municípios que vão receber os novos refrigeradores para vacinas contarão também
com ações de trocas de lâmpadas por modelos de LED, mais eficientes. Ao longo
de um ano e meio, serão substituídas cerca de 25 mil lâmpadas de postos e
unidades de saúde e mais 100 mil diretamente para a população de baixa renda.
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