O
detalhe é que, nesta segunda (21), é aniversário de Milton Coelho e pessoas
próximas dizem que João quis fazer uma homenagem. A renúncia antecipada de
João Campos pode precipitar também a mudança na chefia de Gabinete do
governador Paulo Câmara. Como a coluna antecipara, a saída de Milton Coelho do
governo, dois nomes passaram a figurar com mais força no radar do
governador: Ruy Bezerra e José Neto.
Ruy
foi o primeiro chefe de gabinete de Paulo Câmara e, exonerado no início de
outubro do IRH, passou a auxiliar José Neto na Casa Civil. José Neto,
apesar da missão árdua que exerce, é alvo de elogios frequentes de deputados e
governistas pelo desempenho na relação com o legislativo e com demais
lideranças. Mesmo assim, não está descartado que José Neto possa ser convocado
pelo governador, de quem também já foi chefe de Gabinete. Os dois são da
extrema confiança de Paulo Câmara.
A
saída de João desde já pode provocar ainda um novo cálculo no debate sobre a
sucessão de Rodrigo Maia (DEM) na ala da bancada do PSB na Câmara Federal, que
havia tirado indicativo pró-Arthur Lira. Esse grupo ainda cobra, do líder,
Alessandro Molon, uma reunião para tratar do bloco do qual a sigla fará parte
na disputa pela Presidência da Casa.
Ainda
nesta segunda (21), esse grupo, até então, formado por 15 membros, incluindo
João Campos, assinou nota na qual afirma que "não houve nenhuma
consulta ao conjunto dos parlamentares da bancada do PSB na Câmara dos
Deputados" para que a legenda ingressasse no bloco liderado por Rodrigo
Maia. O texto diz ainda: "Ele (Molon) agiu de forma desautorizada,
até porque não houve votação interna". A bancada socialista conta com
31 membros. Molon agiu admitindo haver maioria a favor de apoiar candidato de
Maia e não de Arthur Lira (PP).
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