segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

João Campos antecipa renúncia no dia do aniversário do suplente

                     Prefeito eleito do Recife, João Campos (PSB) anunciou a aliados, nesta segunda-feira (21), sua renúncia antecipada do mandato de deputado federal para que Milton Coelho, atual chefe de Gabinete do governador Paulo Câmara (PSB) e suplente da coligação, assuma logo sua vaga na Câmara Federal, o que só ocorreria, originalmente, no próximo dia 1º. 

O detalhe é que, nesta segunda (21), é aniversário de Milton Coelho e pessoas próximas dizem que João quis fazer uma homenagem. A renúncia antecipada de João Campos pode precipitar também a mudança na chefia de Gabinete do governador Paulo Câmara. Como a coluna antecipara, a saída de Milton Coelho do governo, dois nomes passaram a figurar com mais força no radar do governador: Ruy Bezerra e José Neto. 

Ruy foi o primeiro chefe de gabinete de Paulo Câmara e, exonerado no início de outubro do IRH, passou a auxiliar José Neto na Casa Civil. José Neto, apesar da missão árdua que exerce, é alvo de elogios frequentes de deputados e governistas pelo desempenho na relação com o legislativo e com demais lideranças. Mesmo assim, não está descartado que José Neto possa ser convocado pelo governador, de quem também já foi chefe de Gabinete. Os dois são da extrema confiança de Paulo Câmara.

A saída de João desde já pode provocar ainda um novo cálculo no debate sobre a sucessão de Rodrigo Maia (DEM) na ala da bancada do PSB na Câmara Federal, que havia tirado indicativo pró-Arthur Lira. Esse grupo ainda cobra, do líder, Alessandro Molon, uma reunião para tratar do bloco do qual a sigla fará parte na disputa pela Presidência da Casa.

Ainda nesta segunda (21), esse grupo, até então, formado por 15 membros, incluindo João Campos, assinou nota na qual afirma que "não houve nenhuma consulta ao conjunto dos parlamentares da bancada do PSB na Câmara dos Deputados" para que a legenda ingressasse no bloco liderado por Rodrigo Maia. O texto diz ainda: "Ele (Molon) agiu de forma desautorizada, até porque não houve votação interna". A bancada socialista conta com 31 membros. Molon agiu admitindo haver maioria a favor de apoiar candidato de Maia e não de Arthur Lira (PP).

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