O
ex-ministro da Educação no governo de Michel Temer, Mendonça Filho
(DEM-PE), está colaborando com a equipe do candidato Jair Bolsonaro (PSL).
O nome de Mendonça estaria, inclusive, sendo cogitado para voltar ao
mesmo ministério que deixou em abril para se candidatar a senador por Pernambuco.
Ele não se elegeu.
Além
dele, o nome do empresário Eduardo Mufarej, do grupo RenovaBR, também está
sendo considerado para o cargo.
Mendonça
teve reuniões com o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) em que
apresentou o que foi feito na pasta durante a sua gestão e deu sugestões na
área para um eventual governo Bolsonaro. Onyx deve assumir a Casa
Civil se Bolsonaro for eleito.
Segundo
interlocutores, Mendonça teria enfatizado a importância do ensino em
tempo integral e a reforma do ensino médio, que Temer aprovou
por meio de medida provisória e tem sido a grande bandeira do governo em
educação.
Em
seu programa, Bolsonaro não menciona a reforma do ensino médio e tem
dito que pretende fazer uma “mudança curricular” para tirar questões como gênero
e sexualidade das escolas.
A
gestão de Mendonça – continuada pelo atual ministro Rossieli Soares –
também foi responsável pela finalização da Base Nacional Comum Curricular
(BNCC). O documento começou a ser elaborado no governo de Dilma Rousseff e
teve várias versões. Na que foi aprovada, no fim de 2017, menções a gênero e sexualidade foram
retiradas do texto.
Segundo
o Estado apurou, outro nome que estaria sendo cotado para o ministério da
Educação é o do empresário Eduardo Mufarej, ex-presidente do grupo Somos
Educação, e que está a frente da ONG RenovaBR. A entidade tem o objetivo
de formar lideranças para a política. Ele seria uma indicação de Paulo
Guedes, economista de Bolsonaro. Guedes não gostaria que a pasta
fosse ocupada por um militar.
Em
entrevista ao Estado, o general Aléssio Ribeiro Souto, que está no grupo
de discussões sobre educação do candidato do PSL, disse que a
bibliografia deveria mudar para que professores exponham a “verdade” sobre
o “regime de 1964”.
O
ex-funcionário da Fundação Getulio Vargas e especialista em educação
à distância, Stravos Xanthopoylos, também faz parte do grupo e foi
cogitado para o cargo. Mas não há consenso de que ele deva assumir o
ministério.
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