sábado, 18 de agosto de 2018

Desemprego no foco do segundo debate dos presidenciáveis


          Na mesma semana em que foi anunciado o índice de 13 milhões de desempregados no Brasil, o tema da retomada da economia e da geração de empregos dominou o debate entre os presidenciáveis na Rede TV, ontem. 

O problema que mais aflige a economia foi citado em três perguntas de telespectadores, questionando o fechamento de empresas e o declínio da atividade de construção civil. E os candidatos, aparentemente, haviam se preparado para o tema. Enquanto os candidatos Henrique Meirelles, Ciro Gomes e Geraldo Alckmin mencionaram suas experiências à frente da máquina pública, Jair Bolsonaro, Marina Silva e Álvaro Dias suscitaram uma mudança de postura na gestão pública para estimular o mercado.

O candidato Henrique Meirelles reiterou as suas passagens na presidência do Banco Central, no Governo do ex-presidente LuizInácio Lula daSilva, e no Ministério da Fazenda, no governo Michel Temer, prometendo repetir, como chefe do Executivo, o desempenho que teve à frente desses cargos. 

“Quando fui presidente do Banco Central, nomeado pelo Lula, criamos 10 milhões de empregos em oito anos. À frente do ministério da Fazenda, criamos mais 2 milhões de empregos. Agora vamos criar 10 milhões de empregos em quatro anos, como presidente”, afirmou o emedebista, que tem evitado mencionar a sua relação com o presidente Michel Temer (MDB).

Valendo-se da sua experiência na área econômica, Meirelles indagou a Jair Bolsonaro sobre suas propostas para combater o desemprego. “Temos 13 milhões de desempregados. Temos muitas famílias passando dificuldade, é necessário um plano concreto e objetivo”, questionou. Bolsonaro, entretanto, capitalizou a pergunta e acusou Meirelles de ser um dos responsáveis pelo alto índice de desemprego. 

“Tudo que PSDB e PT fizeram ao longo de 20 últimos anos gerou esse caos do desemprego. Esses quase 14 milhões de desempregados são frutos de governos que o senhor serviu. Nós teremos um time de ministros independentes, buscando o bem comum e não o bem de seus apadrinhados políticos”, disparou Bolsonaro.

Geraldo Alckmin, por sua vez, que adota como bordão os termos “emprego e renda”, se comprometeu a simplificar a carga tributária, para estimular a economia. “Em 1º de janeiro, vamos apresentar o conjunto de reformas para sair da crise. É possível retomar o crescimento da economia rapidamente. Vamos simplificar quatro tributos em um, propondo o IVA (imposto sobre valor agregado) e transformar o Brasil num grande canteiro de obras, buscando atrair o investimento da iniciativa privada”, respondeu. Ele chegou a prometer, aos nordestinos, que iria concluir as obras da Transposição doSãoFrancisco, para levar água às populações e incentivar a construção civil, gerando empregos na região. Da Folhape

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