A Polícia
Federal (PF) apreendeu, nesta terça-feira, cerca de R$ 200 mil em
dinheiro em duas casas do senador Ciro Nogueira (PP-PI), em Brasília
e em Teresina. Além da residência dele, também foi cumprido um mandado de busca
e apreensão no gabinete do político no Senado. Ao lado do deputado Eduardo da
Fonte (PP-PE) e o ex-deputado Márcio Junqueira — que foi preso —, Ciro
Nogueira é suspeito de tentar comprar o silêncio de um ex-assessor que
estava colaborando com as investigações da Operação Lava-Jato.
O
advogado do senador, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay,
afirma que Ciro declarou, no seu Imposto de Renda, ter R$ 180 mil em dinheiro.
De acordo com Kakay, também foram apreendidos valores e pertences da esposa do
senador, a deputada federal Iracema Portella (PP-PI). “A apreensão de montante
em espécie é facilmente justificada, pois o Senador tem em seu IR valores em
moeda regularmente declarados”, disse, em nota.
Ciro
Nogueira está em Bruxelas, na Bélgica, em missão oficial. Kakay disse que irá
apresentar uma petição colocando o senador à disposição para prestar depoimento
assim que voltar ao Brasil, o que deve ocorrer até o final desta semana.
“A
afirmação de que o Senador, de alguma maneira, pudesse ter feito qualquer movimento
a ser equivocadamente entendido como tentativa de obstrução é, nas palavras do
Senador, completamente fora da realidade. Sequer en passant o Senador praticou
qualquer ato que pudesse ser interpretado como tentativa de embaraço. A defesa
reitera que o Senador Ciro continua à disposição do Poder Judiciário para todo
e qualquer esclarecimento, como sempre esteve”, escreveu o advogado.
Operação: Agentes da Polícia Federal cumpriram na manhã desta
terça-feira, em nova ação da Operação Lava-Jato, mandados de busca e
apreensão nos gabinetes do senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente
do partido, e do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), no Congresso
Nacional. O ex-parlamentar Márcio Junqueira (Pros-RR) foi preso em sua
residência em Brasília. A operação desta terça-feira foi deflagrada para apurar
crime de obstrução de Justiça e organização criminosa. Os mandados foram
autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin em
conjunto com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
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