quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Polícia Civil de PE desarticula associação criminosa envolvida em pirâmides financeiras

        A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na manhã desta quinta-feira (4), uma ação para desarticular uma associação criminosa envolvida em três pirâmides financeiras. A Operação Necrópole de Gizé cumpre um mandado de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão. Por determinação judicial, as contas bancárias dos suspeitos foram bloqueadas e totalizavam R$ 1 milhão.

De acordo com a polícia, o grupo é investigado por estelionato, associação criminosa, crimes contra economia popular e o consumidor, além de lavagem de dinheiro. Primeira operação de repressão qualificada de 2018, a Necrópole de Gizé tem como área de atuação o Recife.

Conforme as investigações, essa associação criminosa tem ligação com os chamados ‘Esquemas Ponzi'. São operações fraudulentas que envolvem o pagamento de rendimentos muito altos aos idealizadores às custas do dinheiro das vítimas. O nome é uma referência ao criminoso financeiro ítalo-americano Charles Ponzi.

Segundo a polícia civil, os esquemas fraudulentos investigados pela Operação Necrópole de Gizé ficaram ativos até setembro de 2016, quando os pagamentos acabaram sendo suspensos. Entre as vítimas, de acordo com a corporação, há pessoas até do exterior.

Esta é a segunda fase da operação. Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos em novembro do ano passado por policiais da Delegacia do Cordeiro, na Zona Oeste da capital pernambucana. Todos foram expedidos pelo Juiz da 9ª Vara Criminal da cidade.

No mesmo mês, a polícia descobriu que a maioria das empresas-alvo era de “fachada". Uma delas foi criada especialmente para coordenar as fraudes.

Participaram da ação desta quinta 35 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. As investigações foram coordenadas pelo titular da Delegacia do Cordeiro. O preso e o material apreendido seguiram para a Central de Flagrantes da Polícia Civil, na Zona Norte da cidade.

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