A Polícia
Civil de Pernambuco deflagrou, na manhã desta quinta-feira (4), uma ação para
desarticular uma associação criminosa envolvida em três pirâmides financeiras.
A Operação Necrópole de Gizé cumpre um mandado de prisão preventiva e quatro de
busca e apreensão. Por determinação judicial, as contas bancárias dos suspeitos
foram bloqueadas e totalizavam R$ 1 milhão.
De
acordo com a polícia, o grupo é investigado por estelionato, associação
criminosa, crimes contra economia popular e o consumidor, além de lavagem de
dinheiro. Primeira operação de repressão qualificada de 2018, a Necrópole de
Gizé tem como área de atuação o Recife.
Conforme
as investigações, essa associação criminosa tem ligação com os chamados
‘Esquemas Ponzi'. São operações fraudulentas que envolvem o pagamento de
rendimentos muito altos aos idealizadores às custas do dinheiro das vítimas. O
nome é uma referência ao criminoso financeiro ítalo-americano Charles Ponzi.
Segundo
a polícia civil, os esquemas fraudulentos investigados pela Operação Necrópole
de Gizé ficaram ativos até setembro de 2016, quando os pagamentos acabaram
sendo suspensos. Entre as vítimas, de acordo com a corporação, há pessoas até
do exterior.
Esta
é a segunda fase da operação. Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos
em novembro do ano passado por policiais da Delegacia do Cordeiro, na Zona
Oeste da capital pernambucana. Todos foram expedidos pelo Juiz da 9ª Vara
Criminal da cidade.
No
mesmo mês, a polícia descobriu que a maioria das empresas-alvo era de “fachada".
Uma delas foi criada especialmente para coordenar as fraudes.
Participaram
da ação desta quinta 35 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.
As investigações foram coordenadas pelo titular da Delegacia do Cordeiro. O
preso e o material apreendido seguiram para a Central de Flagrantes da Polícia
Civil, na Zona Norte da cidade.
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