quinta-feira, 16 de outubro de 2025

MPPE investiga supostas irregularidades na contratação do Festival Viva Garanhuns 2025

               O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades na contratação do Festival Viva Garanhuns 2025, um dos principais eventos gastronômicos e culturais do estado. A investigação foi aberta a partir de indícios de que o contrato teria sofrido um acréscimo superior ao limite legal de 25%, estabelecido pela Lei nº 14.133/2021 (Lei de Licitações e Contratos Administrativos).

De acordo com informações contidas na portaria de instauração, o município de Garanhuns teria feito adesão à Ata de Registro de Preços após a revogação de um processo licitatório anterior, o que levantou dúvidas sobre a regularidade da comunicação com a empresa contratada, a Talentos Promec Produções de Eventos Ltda..

O documento do MPPE questiona se houve contato indevido ou antecipado com a empresa antes da publicação oficial da revogação da licitação, o que, se confirmado, poderia configurar violação dos princípios da transparência, impessoalidade e isonomia na administração pública.

O Viva Garanhuns 2025 foi realizado entre os dias 1º e 4 de maio, abrindo oficialmente a temporada junina da cidade. Em sua nona edição, o evento consolidou-se como um dos mais importantes do calendário festivo do Agreste Meridional, com programação gratuita, atrações musicais de forró pé-de-serra, xote e baião, além da participação de artistas da nova geração do forró e destaque para a gastronomia regional.

Com o inquérito em andamento, o Ministério Público deve requisitar documentos à Prefeitura de Garanhuns e à empresa contratada, além de ouvir servidores e representantes envolvidos no processo. O objetivo é esclarecer se houve superfaturamento, direcionamento de contrato ou outras irregularidades administrativas.

Até o momento, a Prefeitura de Garanhuns não se pronunciou oficialmente sobre o caso. O MPPE reforçou que a investigação segue em fase inicial e que a abertura do inquérito não implica em culpa ou responsabilização prévia, servindo para garantir a transparência e o cumprimento da legislação nas contratações públicas. 

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