domingo, 7 de setembro de 2025

Lula diz que não teme adversários em 2026 e reafirma possibilidade de disputar a reeleição

                 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (5) que não teme enfrentar nenhum adversário nas eleições presidenciais de 2026. Apesar de não confirmar oficialmente sua candidatura, o petista, que completa 80 anos em 2025, deixou claro que só ficará fora da disputa em caso de problemas de saúde ou se surgir um nome mais competitivo dentro do campo progressista.

“Eu não escolho adversário. Sinceramente, eu já disputei tantas eleições, já disputei com tanta gente. Eu tenho uma trajetória política que quem deve estar preocupado são meus possíveis adversários”, declarou.

Em agosto, durante uma reunião ministerial, Lula mencionou pela primeira vez o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como um possível rival em 2026. Até então, a avaliação no entorno do petista era de que Tarcísio priorizaria a reeleição ao governo paulista. Na entrevista mais recente, no entanto, Lula evitou citar nomes e reforçou apenas que “a extrema direita não vai voltar a governar este país”.

O presidente também se comparou a Getúlio Vargas, ressaltando que ambos foram chefes de Estado que priorizaram políticas de inclusão social. Lula destacou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada em 1943, como um legado importante para os trabalhadores e defendeu que o marco precisa ser atualizado, não extinto.

“O que você precisa não é acabar com a CLT, é reestruturá-la para adequá-la aos tempos de hoje. Tudo na vida muda e você tem que ir atualizando, mas acabar com a CLT é acabar com aquilo que de maior segurança o trabalhador brasileiro já tem”, afirmou.

Na esfera internacional, Lula comentou as recentes tensões entre Estados Unidos e Venezuela, rejeitando a ideia de o Brasil tomar partido em um eventual conflito.

“O Brasil vai ficar do lado que ele sempre esteve: do lado da paz. O Brasil entende que a guerra não leva a nada, a não ser à matança e ao empobrecimento”, disse.

O petista também reafirmou sua posição crítica em relação ao conflito entre Israel e Palestina, além de destacar a necessidade de regulação das redes sociais e lamentar a dificuldade em avançar no diálogo com o governo do ex-presidente americano Donald Trump sobre tarifas comerciais.

Embora tenha sinalizado disposição para buscar a reeleição, Lula insistiu que a definição só ocorrerá no próximo ano e dependerá diretamente de sua condição de saúde.

“Se eu estiver com o estado que eu estou hoje, com a saúde que eu estou hoje, posso te dizer que não tenho dúvidas de que serei candidato à Presidência da República”, declarou.

Com essas falas, o presidente reforça sua presença no debate eleitoral e, ao mesmo tempo, mantém em aberto as articulações políticas dentro do Partido dos Trabalhadores para 2026. 

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