“Eu não escolho
adversário. Sinceramente, eu já disputei tantas eleições, já disputei com tanta
gente. Eu tenho uma trajetória política que quem deve estar preocupado são meus
possíveis adversários”, declarou.
Em agosto, durante uma
reunião ministerial, Lula mencionou pela primeira vez o governador de São
Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como um possível rival em 2026. Até
então, a avaliação no entorno do petista era de que Tarcísio priorizaria a
reeleição ao governo paulista. Na entrevista mais recente, no entanto, Lula
evitou citar nomes e reforçou apenas que “a extrema direita não vai
voltar a governar este país”.
O presidente também se
comparou a Getúlio Vargas, ressaltando que ambos foram chefes de Estado que
priorizaram políticas de inclusão social. Lula destacou a Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), criada em 1943, como um legado importante para os
trabalhadores e defendeu que o marco precisa ser atualizado, não extinto.
“O que você precisa
não é acabar com a CLT, é reestruturá-la para adequá-la aos tempos de hoje.
Tudo na vida muda e você tem que ir atualizando, mas acabar com a CLT é acabar
com aquilo que de maior segurança o trabalhador brasileiro já tem”, afirmou.
Na esfera internacional,
Lula comentou as recentes tensões entre Estados Unidos e Venezuela, rejeitando
a ideia de o Brasil tomar partido em um eventual conflito.
“O Brasil vai ficar
do lado que ele sempre esteve: do lado da paz. O Brasil entende que a guerra
não leva a nada, a não ser à matança e ao empobrecimento”,
disse.
O petista também reafirmou
sua posição crítica em relação ao conflito entre Israel e Palestina, além de
destacar a necessidade de regulação das redes sociais e lamentar a dificuldade
em avançar no diálogo com o governo do ex-presidente americano Donald Trump
sobre tarifas comerciais.
Embora tenha sinalizado
disposição para buscar a reeleição, Lula insistiu que a definição só ocorrerá
no próximo ano e dependerá diretamente de sua condição de saúde.
“Se eu estiver com o
estado que eu estou hoje, com a saúde que eu estou hoje, posso te dizer que não
tenho dúvidas de que serei candidato à Presidência da República”,
declarou.
Com essas falas, o presidente reforça sua presença no debate eleitoral e, ao mesmo tempo, mantém em aberto as articulações políticas dentro do Partido dos Trabalhadores para 2026.
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