A informação foi divulgada
na coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, assinada pelo jornalista José
Matheus Santos. No STF, o caso ficará sob relatoria do presidente da Corte, ministro
Luís Roberto Barroso.
O contrato de publicidade
institucional, com duração prevista de dez anos e pagamento anual de R$ 120
milhões, é o centro de uma crescente polêmica em Pernambuco. O TCE havia
suspendido a maior parte da execução do contrato, apontando possíveis
irregularidades e alegando necessidade de análise mais aprofundada. Contudo, no
último dia 28 de julho, o desembargador Fernando Cerqueira, do Tribunal de
Justiça de Pernambuco (TJPE), concedeu liminar favorável à empresa contratada,
permitindo a continuidade da execução. A decisão foi fundamentada em parecer do
Ministério Público de Contas, que atua junto ao próprio TCE.
O TCE alega que a decisão do
TJPE representa uma afronta às suas competências constitucionais. Na ação
enviada ao STF, afirma que houve “lesão à ordem pública” e que a
liminar do TJPE interfere indevidamente em atos fiscalizatórios que são
prerrogativas exclusivas do órgão de controle. “Tem-se a vultuosidade da
quantia a ser paga [...] podendo chegar a R$ 1,2 bilhão nos dez anos de
execução contratual”, afirma o texto.
O caso também já respinga no
campo político. A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) autorizou, na
última segunda-feira (4), a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) para investigar o contrato. A oposição acusa a governadora Raquel Lyra de
abuso no uso de recursos públicos em comunicação institucional e cobra mais
transparência nos critérios de contratação e repasse.
A judicialização do contrato
e a entrada do STF no caso elevam o embate entre o Governo de Pernambuco e os
órgãos de controle a um novo patamar, com repercussões que podem afetar
diretamente a execução orçamentária da gestão estadual, bem como a relação
entre os poderes locais. Do blog do Magno Martins
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