quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Presidente da Câmara Hugo Motta retoma sessão em meio a protestos e defesa da democracia

            O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), abriu a sessão do Plenário às 22h24 desta quarta-feira (6), em um cenário marcado por intensa mobilização da oposição, que desde a terça-feira ocupava a Mesa Diretora em protesto. A retomada da sessão ocorreu sem votações e teve como objetivo reafirmar o respeito à Mesa Diretora, considerada “inegociável”, e fortalecer o funcionamento da Casa Legislativa.

Em discurso, Motta lamentou os acontecimentos recentes e frisou que “até quando ultrapassamos o nosso limite, tem limite”. Para ele, as manifestações em curso não condizem com a história do Parlamento e ressaltam a necessidade do retorno ao cumprimento rigoroso do Regimento Interno, da Constituição e do bom funcionamento da Câmara.

“Projetos individuais, pessoais e eleitorais não podem estar acima do interesse do povo”, declarou o presidente, reforçando seu compromisso com o diálogo aberto e sem preconceitos em relação às pautas que tramitam na Casa. Motta destacou ainda que a atual efervescência política dentro do Legislativo é reflexo de tempos atípicos, o que demanda cautela e a preservação da democracia.

O presidente afirmou que a oposição tem direito legítimo de se manifestar, mas ressaltou a importância do respeito às normas regimentais e constitucionais para que os atos políticos não se sobreponham à autoridade do Plenário e à vontade da Câmara.

A sessão convocada para as 20h30, após reunião do Colégio de Líderes, ocorreu em meio a protestos contrários à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os deputados da oposição reivindicam a votação do projeto de lei que propõe anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 (PL 2858/22), além da Proposta de Emenda à Constituição que elimina o foro privilegiado para parlamentares (PEC 333/17).

O episódio evidencia a tensão crescente no cenário político e o desafio da Câmara em conciliar o direito à manifestação com o respeito às normas e à democracia.

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