quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Operação do MPPE mira Prefeitura do Recife em investigação sobre desvios milionários

                  O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (14), uma operação de grande porte que tem como principal alvo a Prefeitura do Recife. A ação investiga um esquema que, segundo as apurações, teria desviado verbas públicas destinadas à manutenção e recuperação predial, envolvendo valores que ultrapassam R$ 500 milhões.

A operação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPPE e conta com o apoio de promotores dos estados de Minas Gerais e Maranhão. Ao todo, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão nas cidades do Recife e de Paulista (PE), Pouso Alegre, João Pinheiro, Montes Claros e Conselheiro Lafaiete (MG), além de Chapadinha (MA). As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da Vara dos Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária do Recife.

De acordo com o MPPE, as investigações apontam para a atuação de uma quadrilha especializada em fraudar licitações e contratos administrativos, desviando recursos públicos e realizando lavagem de dinheiro.

O Gaeco apurou que o grupo operava por meio de um elaborado conluio entre empresas de Minas Gerais e Pernambuco, seus representantes e sócios, com possível envolvimento de servidores públicos e de outros agentes encarregados da fiscalização de obras e serviços de engenharia na capital pernambucana.

Uma das estratégias identificadas foi a produção “sob encomenda” de atas de registro de preços, que funcionariam como um instrumento para permitir contratações diretas por diferentes órgãos públicos. Essas atas estabeleciam preços para itens e serviços de correção e manutenção predial, mas, conforme a investigação, as contratações efetivas eram mínimas ou sequer existiam, levantando suspeitas sobre o real objetivo dos procedimentos.

O MPPE aponta que as atas de registro de preços investigadas totalizam valores superiores a R$ 500 milhões, montante considerado altíssimo diante do baixo nível de execução contratual. Segundo a apuração, o esquema teria sido desenhado para beneficiar empresas específicas e sustentar um ciclo de corrupção envolvendo diferentes entes e estados.

As investigações continuam e novas diligências devem ser realizadas nos próximos dias. O Ministério Público não divulgou, até o momento, a lista de todos os alvos da operação nem detalhou eventuais prisões.

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