A operação é conduzida pelo Grupo
de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPPE e conta com
o apoio de promotores dos estados de Minas Gerais e Maranhão. Ao todo, foram
cumpridos 22 mandados de busca e apreensão nas cidades do Recife e de Paulista
(PE), Pouso Alegre, João Pinheiro, Montes Claros e Conselheiro Lafaiete (MG),
além de Chapadinha (MA). As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da Vara
dos Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária do Recife.
De acordo com o MPPE, as
investigações apontam para a atuação de uma quadrilha especializada em fraudar
licitações e contratos administrativos, desviando recursos públicos e
realizando lavagem de dinheiro.
O Gaeco apurou que o grupo
operava por meio de um elaborado conluio entre empresas de Minas Gerais e
Pernambuco, seus representantes e sócios, com possível envolvimento de servidores
públicos e de outros agentes encarregados da fiscalização de obras e serviços
de engenharia na capital pernambucana.
Uma das estratégias
identificadas foi a produção “sob encomenda” de atas de registro de preços, que
funcionariam como um instrumento para permitir contratações diretas por
diferentes órgãos públicos. Essas atas estabeleciam preços para itens e
serviços de correção e manutenção predial, mas, conforme a investigação, as
contratações efetivas eram mínimas ou sequer existiam, levantando suspeitas
sobre o real objetivo dos procedimentos.
O MPPE aponta que as atas de
registro de preços investigadas totalizam valores superiores a R$ 500 milhões,
montante considerado altíssimo diante do baixo nível de execução contratual.
Segundo a apuração, o esquema teria sido desenhado para beneficiar empresas
específicas e sustentar um ciclo de corrupção envolvendo diferentes entes e
estados.
As investigações continuam e novas diligências devem ser realizadas nos próximos dias. O Ministério Público não divulgou, até o momento, a lista de todos os alvos da operação nem detalhou eventuais prisões.
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