Prefeito do Recife e
presidente nacional do PSB alerta para prejuízos causados pela nova taxação dos
EUA e busca apoio político para proteger a fruticultura nordestina
A recente decisão do governo
norte-americano, comandado por Donald Trump, de aplicar tarifas pesadas sobre a
importação de mangas brasileiras acendeu um sinal de alerta no Nordeste. E o
prefeito do Recife, João Campos (PSB), que também é presidente nacional do
partido, resolveu se posicionar. Atento ao impacto direto que a medida tem
causado sobre os produtores do Vale do São Francisco, Campos se movimenta nos
bastidores políticos em busca de alternativas para reduzir os danos à economia
regional.
“Mais de 90% da manga
e da uva que o Brasil exporta são produzidas no Vale do São Francisco,
especialmente na região de Petrolina e municípios vizinhos. Cerca de 30% dessa
produção vai para os Estados Unidos, e a taxação já causou uma queda
significativa nos preços, principalmente da manga”,
explicou João Campos. Segundo ele, a medida afeta de forma direta a renda, o
emprego e as oportunidades econômicas de milhares de famílias que dependem da
fruticultura irrigada.
O prefeito recifense
destacou que tem dialogado com lideranças políticas de diferentes campos, entre
elas o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, e o vice-presidente da República,
Geraldo Alckmin. A movimentação de Campos reforça uma atuação suprapartidária,
voltada para a proteção de uma das mais importantes cadeias produtivas do
semiárido nordestino.
“A expectativa é de
que esse diálogo avance e traga resultados concretos. Estamos falando de
preservar empregos, renda e oportunidades para o nosso Estado”,
pontuou.
A taxação americana surge
num momento crítico para os produtores, que enfrentam também dificuldades
logísticas, variações climáticas e desafios de crédito. Com a medida
protecionista dos EUA, o preço da manga sofreu recuo no mercado internacional,
o que torna a exportação menos competitiva e pressiona o setor local.
Lideranças do setor
agrícola, entidades exportadoras e representantes políticos da região têm
cobrado do Governo Federal uma reação mais incisiva junto à diplomacia
brasileira e organismos comerciais internacionais, para tentar reverter ou
mitigar os efeitos do tarifaço.
João Campos, ao se
posicionar publicamente sobre o tema, busca não apenas ampliar a visibilidade
da crise, mas também se consolidar como uma liderança nacional capaz de atuar
em questões econômicas estratégicas — para além dos limites geográficos do
Recife. Em um cenário de pré-eleições e reposicionamento político nacional, a
defesa do Vale do São Francisco pode se tornar um divisor de águas na relação
do PSB com o setor produtivo do Nordeste.
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