domingo, 3 de agosto de 2025

João Campos articula em defesa dos produtores de manga do Vale do São Francisco

Prefeito do Recife e presidente nacional do PSB alerta para prejuízos causados pela nova taxação dos EUA e busca apoio político para proteger a fruticultura nordestina

A recente decisão do governo norte-americano, comandado por Donald Trump, de aplicar tarifas pesadas sobre a importação de mangas brasileiras acendeu um sinal de alerta no Nordeste. E o prefeito do Recife, João Campos (PSB), que também é presidente nacional do partido, resolveu se posicionar. Atento ao impacto direto que a medida tem causado sobre os produtores do Vale do São Francisco, Campos se movimenta nos bastidores políticos em busca de alternativas para reduzir os danos à economia regional.

“Mais de 90% da manga e da uva que o Brasil exporta são produzidas no Vale do São Francisco, especialmente na região de Petrolina e municípios vizinhos. Cerca de 30% dessa produção vai para os Estados Unidos, e a taxação já causou uma queda significativa nos preços, principalmente da manga”, explicou João Campos. Segundo ele, a medida afeta de forma direta a renda, o emprego e as oportunidades econômicas de milhares de famílias que dependem da fruticultura irrigada.

O prefeito recifense destacou que tem dialogado com lideranças políticas de diferentes campos, entre elas o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. A movimentação de Campos reforça uma atuação suprapartidária, voltada para a proteção de uma das mais importantes cadeias produtivas do semiárido nordestino.

“A expectativa é de que esse diálogo avance e traga resultados concretos. Estamos falando de preservar empregos, renda e oportunidades para o nosso Estado”, pontuou.

A taxação americana surge num momento crítico para os produtores, que enfrentam também dificuldades logísticas, variações climáticas e desafios de crédito. Com a medida protecionista dos EUA, o preço da manga sofreu recuo no mercado internacional, o que torna a exportação menos competitiva e pressiona o setor local.

Lideranças do setor agrícola, entidades exportadoras e representantes políticos da região têm cobrado do Governo Federal uma reação mais incisiva junto à diplomacia brasileira e organismos comerciais internacionais, para tentar reverter ou mitigar os efeitos do tarifaço.

João Campos, ao se posicionar publicamente sobre o tema, busca não apenas ampliar a visibilidade da crise, mas também se consolidar como uma liderança nacional capaz de atuar em questões econômicas estratégicas — para além dos limites geográficos do Recife. Em um cenário de pré-eleições e reposicionamento político nacional, a defesa do Vale do São Francisco pode se tornar um divisor de águas na relação do PSB com o setor produtivo do Nordeste. 

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