O episódio ocorreu quando um
grupo de parlamentares bolsonaristas ocupou a Mesa Diretora do plenário para
impedir o início da sessão. A confusão levou à suspensão temporária dos
trabalhos e gerou uma série de representações protocoladas por partidos de
esquerda — PT, PSB e PSOL — solicitando punições aos envolvidos.
Segundo comunicado da
Secretaria-Geral da Mesa, todas as denúncias referentes às condutas no motim
foram enviadas à Corregedoria Parlamentar. Alguns nomes já estavam sob análise
de Motta antes do episódio. Entre os citados, apenas Paulo Bilynskyj (PL-SP)
foi poupado neste momento.
A lista ganhou um novo
componente ao incluir a deputada Camila Jara (PT-MS), acusada por Nikolas
Ferreira (PL-MG) de tê-lo empurrado. A parlamentar nega agressão e afirma que,
em meio ao “empurra-empurra” no plenário, apenas afastou o colega, que pode ter
perdido o equilíbrio.
O caso mais emblemático foi
o de Marcos Pollon, que resistiu até o fim a deixar a cadeira da presidência da
Câmara, cedendo apenas quando Motta retomou o controle da sessão. Dias antes,
Pollon havia insultado o presidente da Casa, chamando-o de “bosta” e “baixinho
de um metro e 60”. Na representação, os partidos afirmam que Zé Trovão tentou
impedir fisicamente o retorno de Motta à Mesa Diretora. “A liberdade de
expressão parlamentar não abrange o direito de impedir fisicamente o exercício
legítimo de função pública”, diz o documento.
O Conselho de Ética deve ter
uma semana agitada. Além das representações relacionadas à confusão no
plenário, outras ações envolvendo diferentes parlamentares, como Eduardo
Bolsonaro (PL-SP) — que está nos Estados Unidos —, também devem chegar ao
colegiado. Contra ele, já foram protocolados um pedido de suspensão e outro de
cassação.
Fontes na Câmara estimam que
mais de 20 representações devem ser analisadas nos próximos dias, indicando um
cenário de tensão política e disciplinar na Casa.
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