sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Hugo Motta indica afastamento de até seis meses para deputados envolvidos em tumulto na Câmara

                  O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu recomendar ao Conselho de Ética o afastamento do mandato, por até seis meses, de cinco parlamentares acusados de protagonizar o tumulto que paralisou a Casa nesta semana. Estão na lista Marcos Pollon (PL-MS), Zé Trovão (PL-SC), Júlia Zanatta (PL-SC), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Camila Jara (PT-MS).

O episódio ocorreu quando um grupo de parlamentares bolsonaristas ocupou a Mesa Diretora do plenário para impedir o início da sessão. A confusão levou à suspensão temporária dos trabalhos e gerou uma série de representações protocoladas por partidos de esquerda — PT, PSB e PSOL — solicitando punições aos envolvidos.

Segundo comunicado da Secretaria-Geral da Mesa, todas as denúncias referentes às condutas no motim foram enviadas à Corregedoria Parlamentar. Alguns nomes já estavam sob análise de Motta antes do episódio. Entre os citados, apenas Paulo Bilynskyj (PL-SP) foi poupado neste momento.

A lista ganhou um novo componente ao incluir a deputada Camila Jara (PT-MS), acusada por Nikolas Ferreira (PL-MG) de tê-lo empurrado. A parlamentar nega agressão e afirma que, em meio ao “empurra-empurra” no plenário, apenas afastou o colega, que pode ter perdido o equilíbrio.

O caso mais emblemático foi o de Marcos Pollon, que resistiu até o fim a deixar a cadeira da presidência da Câmara, cedendo apenas quando Motta retomou o controle da sessão. Dias antes, Pollon havia insultado o presidente da Casa, chamando-o de “bosta” e “baixinho de um metro e 60”. Na representação, os partidos afirmam que Zé Trovão tentou impedir fisicamente o retorno de Motta à Mesa Diretora. “A liberdade de expressão parlamentar não abrange o direito de impedir fisicamente o exercício legítimo de função pública”, diz o documento.

O Conselho de Ética deve ter uma semana agitada. Além das representações relacionadas à confusão no plenário, outras ações envolvendo diferentes parlamentares, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — que está nos Estados Unidos —, também devem chegar ao colegiado. Contra ele, já foram protocolados um pedido de suspensão e outro de cassação.

Fontes na Câmara estimam que mais de 20 representações devem ser analisadas nos próximos dias, indicando um cenário de tensão política e disciplinar na Casa.

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