“Cada parlamentar tem
sua autonomia e liberdade para agir de acordo com o que considera importante.
Mas eu não posso concordar com a atitude de um parlamentar que está fora do
país trabalhando, muitas vezes, para que medidas sejam tomadas contra sua nação
e tragam danos à economia brasileira. Isso não pode ser admitido”,
afirmou Motta em entrevista à Veja, nesta segunda-feira (11).
Para o presidente da Câmara,
é legítimo que Eduardo Bolsonaro defenda suas convicções políticas e até a
inocência do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas nunca de forma que prejudique o
país. “Ninguém pode concordar em ter seu país sendo prejudicado pela
atitude de um parlamentar”, reforçou.
Hugo Motta declarou que a
Câmara está “de prontidão” para agir e buscar alternativas que minimizem os
impactos da decisão norte-americana sobre a economia nacional. “Estamos
prontos para garantir que esses danos possam ser diminuídos”, disse.
Na sexta-feira (8), Motta
enviou à Corregedoria Parlamentar denúncias contra pelo menos 14 deputados de
oposição que participaram de um protesto no plenário, impedindo a realização de
sessões por cerca de 30 horas. O ato foi denunciado por PT, PSB e PSOL. Os
parlamentares, entre eles Marcel Van Hattem (Novo-RS), Marcos Pollon (PL-MS), Paulo
Bilynskyj (PL-SP), Júlia Zanatta (PL-SC) e Zé Trovão (PL-SC), poderão ter os
mandatos suspensos por até seis meses.
O presidente da Câmara
reconheceu que o momento político é “um dos mais complexos” da história recente
do país e defendeu diálogo com o Senado, ministros do Supremo Tribunal Federal
e demais parlamentares para manter o funcionamento da Casa e avançar em pautas
de interesse da população.
Sobre a possibilidade de
anistia ampla a investigados e condenados por atos antidemocráticos, Motta
evitou se posicionar de forma direta, mas sinalizou que há resistência entre os
deputados. “O que sinto é que existe certa dificuldade com uma anistia
ampla, geral e irrestrita”, afirmou.
Motta concluiu defendendo a
necessidade de proteger a democracia, a soberania nacional e os empregos no
país: “Vamos seguir colocando os interesses do Brasil em primeiro lugar,
sem negociar nossa democracia e protegendo nossa indústria e nossos
trabalhadores.”
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