Com presença de Flávio
Bolsonaro, Cláudio Castro e parlamentares, manifestação reforça discurso de
perseguição política e ganha tons internacionais com referência à Lei Magnitsky
A orla de Copacabana, na Zona
Sul do Rio de Janeiro, voltou a ser palco de manifestações políticas neste
domingo (3). Convocado por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ato
reuniu centenas de apoiadores com bandeiras do Brasil, bandeiras dos Estados
Unidos, camisas verde-amarelas e faixas com mensagens que pediam a anistia dos
envolvidos nos atos de 8 de janeiro, a saída do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Entre os discursos
inflamados, um momento simbólico ocorreu quando o senador Flávio Bolsonaro,
filho do ex-presidente, colocou Jair Bolsonaro no viva-voz do celular para
falar brevemente com os manifestantes. A fala, ainda que rápida, foi recebida
com aplausos e gritos de apoio, evidenciando a permanência do ex-presidente
como figura central do bolsonarismo.
O senador também aproveitou
o momento para criticar duramente o Supremo Tribunal Federal, reforçando a
narrativa de perseguição política. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio
Castro (PL), também subiu no carro de som e discursou, declarando solidariedade
àqueles que, segundo ele, estão sendo "injustamente punidos" pelos
acontecimentos do 8 de janeiro.
Além dos líderes políticos
locais, deputados federais, estaduais e vereadores compareceram ao ato, que
buscou dar uma nova roupagem ao discurso bolsonarista, agora com tintas de
conflito internacional. Cartazes e falas mencionaram a Lei Magnitsky, recentemente
evocada por Donald Trump — que enquadrou o ministro Alexandre de Moraes como
alvo da norma, usada nos Estados Unidos para aplicar sanções contra
estrangeiros acusados de violar direitos humanos.
Não passaram despercebidas
as bandeiras norte-americanas erguidas durante a manifestação, sinalizando
alinhamento simbólico com o presidente norte-americano e seu novo mandato.
Manifestantes também comemoraram a imposição de tarifas de 50% sobre
exportações brasileiras, supostamente em retaliação ao posicionamento do
Judiciário brasileiro — uma tese promovida pela ala bolsonarista mais radical.
Embora tenha se apresentado
como um ato “em defesa da liberdade e da democracia”, a manifestação teve como
foco principal o repúdio às decisões do STF, os desdobramentos jurídicos do 8
de janeiro e o fortalecimento da imagem de Bolsonaro como líder de oposição
perseguido por instituições.
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