domingo, 3 de agosto de 2025

Ato em Copacabana reúne bolsonaristas com discursos contra Lula, Moraes e defesa de anistia para 8 de janeiro

Com presença de Flávio Bolsonaro, Cláudio Castro e parlamentares, manifestação reforça discurso de perseguição política e ganha tons internacionais com referência à Lei Magnitsky

A orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, voltou a ser palco de manifestações políticas neste domingo (3). Convocado por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ato reuniu centenas de apoiadores com bandeiras do Brasil, bandeiras dos Estados Unidos, camisas verde-amarelas e faixas com mensagens que pediam a anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, a saída do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Entre os discursos inflamados, um momento simbólico ocorreu quando o senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, colocou Jair Bolsonaro no viva-voz do celular para falar brevemente com os manifestantes. A fala, ainda que rápida, foi recebida com aplausos e gritos de apoio, evidenciando a permanência do ex-presidente como figura central do bolsonarismo.

O senador também aproveitou o momento para criticar duramente o Supremo Tribunal Federal, reforçando a narrativa de perseguição política. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), também subiu no carro de som e discursou, declarando solidariedade àqueles que, segundo ele, estão sendo "injustamente punidos" pelos acontecimentos do 8 de janeiro.

Além dos líderes políticos locais, deputados federais, estaduais e vereadores compareceram ao ato, que buscou dar uma nova roupagem ao discurso bolsonarista, agora com tintas de conflito internacional. Cartazes e falas mencionaram a Lei Magnitsky, recentemente evocada por Donald Trump — que enquadrou o ministro Alexandre de Moraes como alvo da norma, usada nos Estados Unidos para aplicar sanções contra estrangeiros acusados de violar direitos humanos.

Não passaram despercebidas as bandeiras norte-americanas erguidas durante a manifestação, sinalizando alinhamento simbólico com o presidente norte-americano e seu novo mandato. Manifestantes também comemoraram a imposição de tarifas de 50% sobre exportações brasileiras, supostamente em retaliação ao posicionamento do Judiciário brasileiro — uma tese promovida pela ala bolsonarista mais radical.

Embora tenha se apresentado como um ato “em defesa da liberdade e da democracia”, a manifestação teve como foco principal o repúdio às decisões do STF, os desdobramentos jurídicos do 8 de janeiro e o fortalecimento da imagem de Bolsonaro como líder de oposição perseguido por instituições.

👉 Acompanhe mais notícias e curta nossas redes sociais:

📸 Instagram   👍 Facebook

Nenhum comentário:

Postar um comentário