A carta, tornada pública
nesta semana, destaca que assaltos à mão armada, roubos de veículos, invasões a
estabelecimentos comerciais e até mortes misteriosas têm sido cada vez mais
frequentes em Pesqueira — e pior: sem resposta das autoridades.
Um dos casos que mais
revoltam a população foi o arrombamento da sede da TV Pesqueira, que completou quase
seis meses sem qualquer avanço nas investigações. “Assim como nós,
diversos comerciantes e cidadãos vivem à mercê da criminalidade, sem a mínima sensação
de segurança”, diz o documento.
Segundo dados de janeiro a
junho de 2025, Pesqueira registrou:
- 54 Crimes Violentos Contra o Patrimônio (CVPs), como assaltos e furtos;
- 12 Mortes Violentas Intencionais, sendo 4 apenas no mês passado;
- 167 casos de violência doméstica e familiar contra mulheres — número alarmante, que pode superar os 319 casos de todo o ano de 2024, se mantido o ritmo atual;
- 11 casos de estupro, revelando uma preocupante realidade de vulnerabilidade, sobretudo para as mulheres.
Em comparação, em todo o ano
de 2024, o município havia registrado 21 homicídios, o que aponta para uma
possível repetição ou até aumento deste indicador ainda em 2025.
A situação é descrita como
insustentável. Em tom de desabafo, o texto reforça o sentimento de
invisibilidade vivenciado pelos moradores, que clamam por reforço no efetivo
policial, investimentos em inteligência e investigação criminal, e presença
concreta do governo estadual na cidade.
"O povo de
Pesqueira está assustado, cansado e clama por ação. Precisamos de reforço no
policiamento, mais investimentos em investigação criminal e presença efetiva do
Estado. É dever do governo garantir a segurança de todos os pernambucanos e
neste momento, Pesqueira está sendo esquecida",
afirma um trecho contundente da carta.
A mobilização da comunidade
tem ganhado força nas redes sociais, com a hashtag #PesqueiraPedeSocorro se
espalhando entre moradores, lideranças comunitárias e entidades do comércio
local. O objetivo é pressionar o governo a agir de forma urgente para reverter
o quadro de insegurança que se agravou nos últimos meses.
A expectativa da população agora está voltada à governadora Raquel Lyra, para que escute o apelo do município e adote medidas imediatas e estruturais para devolver à cidade o direito básico à segurança pública.
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